Desde o processo de modernização do Brasil o meio rural passou a ser representado socialmente como o lugar do atraso. Por outro lado, a juventude rural não era percebida como ator social rural, sendo vista apenas como parte da família, o que lhes causou invisibilidade social, um marcador de exclusão que impede o reconhecimento desse indivíduo enquanto possuidor de direitos sociais. Diante disso, podemos refletir como a Sociologia problematiza essas questões junto com os jovens e fazê-los refletir sobre suas condições enquanto pertencentes ao meio rural. Este artigo surge da necessidade de investigar a representação do rural no livro didático de Sociologia, aprovado no PNLD 2018 e adotado na ECIT Francisca Martiniano da Rocha – Lagoa Seca/PB, analisando, a partir da reflexão de jovens rurais alunos do Ensino Médio, conteúdos, concepções sobre o modo de vida rural, complexidades envolvidas no debate acerca das juventudes e a necessidade de refletirmos sobre estas considerando referências plurais. Em termos de procedimento metodológico foi imprescindível a realização de pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e grupo focal, no sentido de proporcionar reflexões satisfatórias sobre o livro didático de Sociologia. Como resultado, observamos a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre o meio rural, durante as aulas de Sociologia, nessa perspectiva, como proposta de intervenção, foram ministradas sequências didáticas para alunos do Ensino Médio, que contemplassem a diversidade do espaço rural, contribuindo com discussões e debates em sala de aula, promovendo uma educação inclusiva e combatendo estereótipos.