Ao analisarmos os conteúdos de Geografia, é possível observar uma correlação intriguista com as questões de gênero e sexualidade, porém ainda, controlada pelo poder hegemônico patriarcal. Nas últimas décadas, tem havido uma maior discussão e reconhecimento dos direitos e identidade LGBTQIAPN+. Essas mudanças sociais têm impactado tanto na dinâmica demográfica quanto na forma como a população se percebe e se relaciona. Tendo como base a BNCC e a diversidade celebratória que deve ser trabalhada em sala de aula, possibilitando discussões que propiciem o desenvolvimento do educando e sua percepção de sua realidade, permitindo o respeito à diversidade e a inclusão de todos, é valoroso trazer essa nova visão de análise da população e dos fenômenos sociais. Para isso, participaram 56 alunos dos nonos anos, entre 14 e 15 anos, da Escola Municipal Oswaldo Lima Filho, Recife - PE em três encontros que uniram o aprendizado de conceitos pertinentes a Geografia do Gênero e da Sexualidade, bem como análise de textos e leitura de gráficos referentes à população e aos fenômenos sociais existentes como: feminicídio, transfobia, homofobia entre outros. Refere-se a uma pesquisa de cunho qualitativo que foi organizada com o intuito de trazer o conhecimento prévio dos discentes, a elucidação e novos aprendizados, onde no primeiro momento realizou-se uma aula introdutória, no segundo momento, a apresentação do documentário Sobre Vivências, e atividade em grupo que trazia um texto e gráficos basilares para o debate; e no terceiro momento a culminância de produção de cartazes informativos e digitais utilizando os textos trabalhados em sala. Evidenciou-se uma perspectiva restrita de alguns conceitos prévios, e uma generalização e estigmatização quando o assunto se referia a comunidade transsexual. No entanto, percebeu-se um maior interesse e engajamento sobre temáticas tão atuais e que se inserem em seu contexto de vivência local e global.