Este artigo apresenta alguns resultados da pesquisa realizada no Estágio Supervisionado Obrigatório na Educação Infantil, do curso de Pedagogia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA/2021), que se propôs a investigar as experiências educativas de crianças de 04-06 anos nesta etapa da educação básica, no período da pandemia de Covid-19. Os arranjos metodológicos da pesquisa envolveram a consideração das especificidades das crianças participantes, vistas como sujeitos imersos nos acontecimentos e que podem nos informar sobre as suas compreensões e vivências na educação infantil, por isso optamos pela utilização da entrevista semiestruturada, para que pudéssemos ter acesso às informações buscadas a partir dos relatos das crianças. Ter as crianças como sujeitos participantes da pesquisa, parte da compreensão e do reconhecimento de que são atores sociais, cidadãs que têm direito e competência para nos informar sobre as suas experiências, pois, o olhar da criança, seus modos de ver o mundo, são fundamentais para enriquecer o trabalho na educação infantil. Os principais autores para o diálogo neste estudo são Kramer, Vygotsky, Sarmento. Os resultados da pesquisa indicam que as crianças tiveram suas experiências educativas escolares limitadas, devido ao contexto resultante da pandemia e, que a as crianças apontaram preferência pela educação infantil presencial, uma vez que sentiram falta do espaço da educação infantil e de tudo que o referido espaço lhes proporcionam, com destaque para as interações criança-criança, as brincadeiras e a presença do(a) professor(a).