O presente artigo buscou analisar a dificuldade em utilizar o lúdico e estratégias da vida cotidiana nas aulas de Matemática do Fundamental 2, tendo como lócus do estudo as aulas do 7º ano da Escola Paroquial do Loteamento Samambaia, no município de Petrópolis, RJ. A escola possui um Projeto Institucional chamado Essa tal Matemática, no qual os professores que lecionam a disciplina buscam utilizar estratégias e ferramentas que aproximem os conteúdos curriculares da vivência dos alunos, de forma que eles consigam se familiarizar com o que está sendo estudado, transformando em aprendizado significativo. A etnomatemática, que no Fundamental 1 é tão obviamente utilizada, não consegue ser aplicada na fase posterior com a mesma fluidez, e essa ruptura gera queda nos níveis de aprendizagem, resistência à construção de aprendizados, bem como desestimulam a busca por caminhos que consigam decifrar a lógica dos desafios propostos pelos professores. Isso se dá porque parte dos conteúdos que fazem parte do currículo nesta etapa da Educação Básica, possui um nível de abstração muito grande, o que dificulta sua intertextualização. Por outro lado, o docente precisa de estratégias que superem tais adversidades, tornando a disciplina mais atrativa, descomplicando seu entendimento. Assim, por meio de discussão bibliográfica pretendeu-se reconhecer que a Matemática não é apenas uma disciplina universal e objetiva, mas também uma disciplina influenciada por perspectivas, práticas e tradições culturais, permeando a discussão sobre o quanto a Matemática necessita ser aprendida não apenas para as avaliações em sala de aula, analisando suas possibilidades fora dela, faz-se necessária para suprir a demanda de questionamento dos alunos quando se deparam com desafios lógicos complexos, e não compreendem o porquê e onde irão utilizá-los. .