A área LinFE – línguas para fins específicos – deveria ter lugar de destaque nas discussões sobre métodos e abordagens para o ensino de línguas, pois se posiciona como um trabalho de vanguarda ao unir desejos, necessidades e lacunas linguísticas dos alunos no desenvolvimento de cursos específicos para atender demandas particulares. Esse tipo de trabalho tem grande demanda no mercado de trabalho, porém com pouca mão-de-obra qualificada disponível. O bom desenvolvimento de um trabalho na perspectiva dos fins específicos só é possível a partir de um profissional capacitado para tal, pois dele serão exigidas habilidades diferentes das de outro que trabalhe na perspectiva dos fins gerais, tais como análise de necessidades, seleção e produção de material didático, avaliação, dentre outras. O professor LinFE não se forma plenamente nos bancos universitários ou nas leituras que realiza na licenciatura mesmo quando ele tem essa possibilidade ainda na formação inicial, um professor LinFE é formado diariamente no contato com diferentes alunos, cujas necessidades se mostram as mais específicas e diversas, na experiência de sala de aula. Ele também se forma quando entende que o discente neste caso é o protagonista e coautor do processo, pois todas as tomadas de decisão por parte do professor serão baseadas na necessidade do aprendiz. Uma forma de preencher tal lacuna na formação de professores de línguas é o estágio supervisionado dentro de uma instituição que desenvolva esse tipo de trabalho, como é o caso do IFRJ que acolhe estagiários da UFRJ, conforme demonstram os resultados dessa parceria nos últimos anos.