Traçar o perfil do aprendente é de fundamental importância para o trabalho psicopedagógico. Ouvir os pais ou responsáveis é uma posição imprescindível que possibilita compreender, desde o momento que os pais planejaram ou não a vinda da criança, a queixa da escola sobre o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo do aluno. A anamnese torna-se, nesse sentido, um instrumento de avaliação que pode expor com riqueza de detalhes, elementos que viabilizam a compreensão de aspectos que devem alicerçar uma proposta psicopedagógica consistente. O objetivo deste estudo é ampliar as discussões a respeito da aplicação e da coleta dos resultados feitos no momento de preenchimento da anamnese. As contribuições de Bossa (2013), Fernanèz (2010) e Weiss (2000), somam-se a esse trabalho com teorias que abordam a legitimidade do uso da anamnese no decorrer do processo avaliativo. Como metodologia serão analisadas três anamneses psicopedagógicas usadas em consultórios particulares por profissionais do Estado da Paraíba. Os resultados corroboram com a ideia de que as informações colhidas podem contribuir para a busca de uma equipe multidisciplinar que acolha as necessidades do aprendente e para direcionar o fazer psicopedagógico. No entanto, é preciso considerar que os componentes de uma anamnese podem ser flexíveis porque partem da necessidade do psicopedagogo diante da situação de aprendizagem.