A pesquisa tem por objetivo compreender o processo formativo promovido em seus campos de estágio remunerado não obrigatório, a partir das experiências de aprendizagens dos alunos de pedagogia de uma instituição pública federal no interior da Amazônia oriental. Para isso, foi necessário identificar a atual realidade socioeconômica dos estudantes estagiários de pedagogia, analisar e apontar possíveis fragilidades da lei do estágio e funções desenvolvidas no chão da escola. A metodologia possui abordagem qualitativa com viés descritivo exploratório, com aplicação de questionário online a 32 alunos matriculados em diferentes períodos do curso. Os resultados da pesquisa apontam em geral que os alunos de pedagogia compreendem o estágio remunerado não obrigatório como uma forma de conseguir recurso financeiro para custear suas despesas durante o processo formativo no curso, contribuindo para a sua manutenção e iniciação no mercado de trabalho, os mesmos veem o estágio como um fator que afeta o desempenho acadêmico devido a carga de trabalho exercida. Há a necessidade de preservá-los de condições economicamente e academicamente vulneráveis, por meio da adequação da lei do estágio, principalmente no que tange o valor pago da bolsa auxílio e a carga horária de atividades semanais, tendo em vista as outras atividades acadêmicas realizadas pelos estudantes durante a graduação. Conclui-se que as instituições concedentes, devem estar abertas para enxergar o estágio de forma mais pedagógica e como espaço de trocas de conhecimentos, em que os estagiários não sejam usados como mão de obra barata reproduzindo ações de um profissional pedagogo.