Existe uma constante busca por estratégias didáticas que de fato provoquem aprendizagens significativas em relação ao ensino de Matemática. Para tanto, une-se a necessidade de melhorar a formação de professores, em sua fase inicial, com uma nova abordagem metodológica que vem ganhando cada vez mais espaço em estudos e pesquisas no campo educacional, a cultura maker. Nesse sentido, este estudo busca analisar as percepções de um grupo de estudantes do curso de Pedagogia sobre as possibilidades de se ensinar matemática por meio de uma atividade maker. Fundamentada nos pressupostos teóricos do construcionismo de Seymour Papert (1980), a cultura maker tem como foco a aprendizagem por meio da experimentação. A experimentação, nessa perspectiva teórica, apresenta uma atividade organizada que valoriza ações relacionadas à realidade e ao protagonismo diante do processo de ensino e aprendizagem. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa de cunho descritivo, utilizando entrevistas e a observação como método para coleta de dados, que foram analisados a luz da análise interpretativa de Creswell (2007). Os estudantes relataram a importância de abordagens metodológicas diferenciadas, considerando suas próprias experiências e dificuldades em relação ao ensino de matemática; e refletiram sobre o caráter transdisciplinar que a cultura maker pode trazer para o trabalho em sala de aula. Sobre a atividade maker proposta na oficina, os estudantes apontaram possibilidades para o ensino de geometria e cálculo de área. Assim, permite-se inferir que a cultura maker deve estar inserida no processo formativo de professores desde de sua fase inicial, contribuindo para a melhoria da formação de futuros professores.