Mediar a aprendizagem é a forma mais efetiva de que o aprendiz tenha uma consciência mais profunda pelo conhecimento adquirido. No processo de mediação, o professor, aqui chamado de mediador, coloca-se entre o estímulo e a reposta de forma que o aprendiz recebe as ferramentas necessárias para lidar com o estímulo e é capaz de interagir com esse estímulo gradualmente até chegar as repostas almejadas. No entanto, ainda é comum em escolas regulares e cursos de idiomas em que aulas de línguas estrangeiras sejam pautadas por meio da instrução direta com pouco ou nenhum uso da mediação no processo de ensino-aprendizagem. Por este motivo, esse trabalho visa aprofundar teorias sobre mediação e apresentar atividades práticas para sala de aula que envolvam as línguas estrangeiras, prezando por uma relação de equidade entre o mediador e o mediado. A metodologia é de paradigma crítico, de método qualitativo e de tipologia bibliográfica. Nosso principal referencial teórico se baseia em Vygotsky (1978), Feuerstein (2014) e Freire (2009). A conclusão que se chega é que mediar é um processo que requer do mediador o planejamento de estímulos ao mediado, reflexão sobre a prática, e que, ao mesmo tempo, traz uma importância significativa ao mediado para que este tenha uma consciência mais profunda sobre o que está aprendendo e transcenda a aprendizagem para além da sala de aula.