O papel da mulher na literatura amazonense teve ênfase no projeto em evidência, buscando os registros e/ou discutindo a ausência deles na história da literatura do Estado do Amazonas. Sendo assim, o objetivo foi investigar os silenciamentos e os desafios da mulher na literatura amazonense e o protagonismo das autoras Violeta Branca e Vera do Val. A metodologia possuiu cunho qualitativo por ter embasamento bibliográfico com ênfase nos registros históricos, realizou-se então, uma pesquisa a fim de averiguar as causas que dificultaram o reconhecimento das escritoras amazonenses e em seguida houve uma discussão com os alunos envolvidos sobre os problemas encontrados. Na sequência, teve a leitura e análise dos seguintes livros “O imaginário da floresta – Lendas e histórias da Amazônia” de Vera do Val e “Ritmos de inquieta alegria” de Violeta Branca. Por meio das leituras que fundamentaram o estudo, constatou-se que a história da escrita e leitura no Brasil privilegiou os homens, eles foram os primeiros a serem alfabetizados, as mulheres só conquistaram esse direito mais tarde, e quando começaram escrever textos literários não tinham credibilidade, foram silenciadas durante muito tempo. Existia a precariedade da escrita e as editoras e instituições decidiam quem poderia publicar. Na literatura do amazonense houve também o silenciamento das escritoras, cenário onde poucas mulheres aparecem e tem destaque. Por esse motivo Vera do Val e de Violeta Branca, foram estudadas no espaço escolar dando voz as autoras e a literatura amazonense. Os alunos leram e recontaram as histórias da obra o imaginário da floresta e dramatizaram os poemas de Violeta Branca, os quais foram analisados, sendo evidenciados os vestígios do silenciamento feminino na época. Portanto, a pesquisa contribuiu para reflexão sobre a discriminação feminina e possibilitou que a temática equidade de gênero na literatura fosse discutida na prática escolar.