O presente texto refere-se à experiência realizada com 48 estudantes de duas turmas do 1º ano do Ensino Médio de uma escola pública do estado de Mato Grosso, no qual foi utilizado o quebra-cabeça “Torre de Hanói” como mediador no processo de ensino e aprendizagem do conteúdo de função exponencial. O trabalho objetivou contextualizar o conteúdo de potenciação a fim de relembrar conhecimentos prévios para o ensino de função exponencial. O interesse partiu da perspectiva de não bastar somente transmitir conhecimentos aos estudantes, e sim de ser necessário que os mesmos vejam a aplicação em situações para além da sala de aula, estimulando e desenvolvendo o conhecimento e a consciência do próprio processo de aprendizagem, possibilitando que estes resolvam problemas de função exponencial comum ou específico. O jogo Torre de Hanói consiste em um quebra-cabeça contendo três hastes e alguns discos (foram usados de três a sete discos), e possui algumas regras simples, como transferir apenas um disco por vez e nunca colocar um disco maior sobre um menor. É necessário que os estudantes pensem em uma estratégia de resolução, sendo que o objeto é transferir todos os discos da primeira haste para a última, com a menor quantidade de movimentos possíveis. Na sequência os estudantes tentaram encontrar a relação algébrica que proporciona o menor número possível de movimentos em função do número de discos, que resulta em uma função exponencial. Foi abordado a importância da tomada de consciência no processo de aprendizagem a partir de uma pesquisa-ação de cunho qualitativo, mediada pela abordagem interpretativa para produzir e analisar os dados apresentados. Os instrumentos adotados para o registro foi observação, registros de imagens e registros de situações relevantes em um diário de bordo. Os resultados apresentados indicam que o uso de atividades lúdicas desperta o interesse pela matemática.