Apesar da evolução do ensino e da tecnologia, a práxis geográfica na educação básica e superior, segue referenciando os mesmos autores e preterindo a inserção de questões agrárias que envolvem povos indígenas. Utilizando-se de textos de Ailton Krenak e Francisco Julião em projeto escolar nas turmas de 3º ano do Ensino Médio do Colégio da Polícia Militar – Unidade Lobato (Salvador-BA) e análise de ementas de disciplinas introdutórias de cursos de Geografia do município de Salvador-BA; este trabalho observou que a associação entre o movimento das Ligas Camponesas e as recentes lutas pelo acesso à terra, bem como o genocídio dos povos originários e a resistência indígena atual, -expressos nos textos dos autores-, é um caminho pedagógico que viabiliza: - a discussão dos conceitos básicos estruturantes da Geografia, sob a normativa das Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, Ciências Humanas e Tecnologias,- a reflexão e a prática de um ensino-aprendizagem alinhado às questões do campo e dos povos originários; - o estabelecimento de alianças entre a luta política e epistemológica no âmbito da Geografia Escolar e Acadêmica, - subsidia a construção de planos de ensino e outros produtos mobilizados na construção de um diálogo que permeia a sala de aula e a formação do professor.