Na educação, como em todas as outras áreas, inclusão é de extrema importância. Durante muito tempo pessoas com deficiência foram negligenciadas na sociedade, tendenciosamente homogeneizada e de caráter monocultural. Como estagiárias, observamos uma experiência na escola baseada no multiculturalismo, quando percebemos uma educação que procura reconhecer o “outro”, gerando diálogos entre diferentes grupos que dispensam o enquadramento nos padrões hegemônicos. Este texto apresenta as vivências de alunas de licenciatura em física no estágio supervisionado, com base na elaboração e aplicação de um material didático inclusivo para uma estudante com paralisia cerebral (PC), objetivando contribuir para reinventar as práticas pedagógicas e fomentar a cidadania. Este material consiste em um jogo da memória de caráter lúdico, elaborado a partir de entrevistas com a orientadora pedagógica e a mediadora da aluna. Como conclusão, percebemos que uma linguagem outra para trabalhar os conteúdos curriculares se demonstra fortemente inclusivos por atender os diferentes sujeitos educacionais.