Ludwik Fleck (1896-1961) foi médico e microbiologista e estudou um caso na medicina em que ainda não estavam esgotados debates a respeito da produção do conhecimento. O caso escolhido por Fleck como fato científico foi a Sífilis, dita na concepção popular como doença desonrosa, de sangue impuro. Tal cultura popular fez pressão para que os cientistas desenvolvessem o conhecimento em torno do seu diagnóstico e tratamento. A partir desta construção social, Fleck nos deixou um legado sobre como podemos ensinar sobre ciências. Fleck em sua essência é socioconstrutivista. O objetivo deste trabalho foi apresentar possíveis aproximações da epistemologia fleckiana com a Teoria Social da Aprendizagem, de Étienne Wenger cujo foco é a aprendizagem como participação social. Há semelhanças em ambos, como comunidade de prática e coletivo de pensamento, repertório compartilhado com estilo de pensamento, relação entre novatos e veteranos com inserção no estilo de pensamento e círculo intracoletivo de ideias.