Kamala Khan (Ms. Marvel) foi criada em 2013 por Sana Amanat, Stephen Wacker, G. Willow Wilson, Adrian Alphona e Jamie McKelvie. Desde sua gênese nos quadrinhos, a personagem é conhecida por representar a cultura mulçumana de maneira pioneira no mundo dos heróis, pela multiculturalidade em suas histórias e também por uma forte presença de cores. Ao ter uma série adaptada para o streaming em 2022, a personagem contou com um palco multissemiótico singular para a exploração dos aspectos visuais, com características de narrativas cinematográficas advindas do Universo Cinematográfico Marvel (UCM). Tendo isso em vista, o objetivo deste artigo é investigar a importância das cores para a narrativa cinematográfica presente na série de streaming “Ms. Marvel” (2022). Nosso corpus de análise é composto pela série citada, pelo especial “Avante: Nos Bastidores de Ms. Marvel” (2022) e pelos quadrinhos “Ms. Marvel Volume 1: Nada Normal” (2016) e “Ms. Marvel Volume 5: Superfamosa” (2018. Fundamentando nossa pesquisa estão Padilha (2009), Heller (2012) e Goethe (2013). Através da análise, foi possível concluir que a série exporta dos quadrinhos as cores mais vibrantes possíveis, ampliando a presença de tons rosa para reforçar o caráter juvenil da série, já que se trata de uma cor frequentemente representante da juventude, e violeta, que representa a magia, este último tendo como objetivo reforçar a mudança de poderes da personagem em relação aos quadrinhos.