A Educação para as Relações Étnico-Raciais constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. Acredita-se que a escola pode investir em tempo, material e práticas junto à família num currículo de construção e valorização identitária. A ideia é que o diferente não seja motivo de segregação, mas de respeito e construção social. Por isso, torna-se importante discutir a diferença e diversidade nos anos iniciais, para que desde cedo as crianças tenham na escola o direito ao reconhecimento de suas identidades. O objetivo foi promover reflexões e práticas para que a escola se tornasse um espaço democrático para acolher e contribuir para o desenvolvimento de todos, tornando-se, um ambiente de convivência com as diferenças. Porém, nota-se que a ausência do componente negro na escola priva as crianças negras de conhecerem a sua história, que vai muito além da escravidão, assim, é necessário, urgentemente reformular conteúdos e problematizar a questão do negro no contexto escolar. Dando a conhecer a diversidade cultural da criança negra e criando possibilidades de conhecimento da sua cultura. Metodologicamente foi feita uma pesquisa-ação; realizada em uma Escola Pública em Tempo Integral no município de Garanhuns/PE, tendo como público alvo uma turma de segundo ano do Ensino Fundamental, com crianças de idade entre 7 e 8 anos.