O presente artigo tem por objetivo discutir a relevância do pensamento decolonial, aqui entendido como forma de agir no mundo diante da continuidade da ótica hegemônica colonial, para o enfrentamento do racismo epistêmico no contexto escolar. Tomamos por referencial teórico, os debates propostos por: Ballestrin (2013); Raposo et al. (2021) e Oliveira (2020), além de discutirmos a influência do giro decolonial na problematização de um modelo de pensamento dominante que leva a subalternização do conhecimento. Por essa inferiorização do conhecimento estar presente no contexto escolar, buscamos relacionar o pensamento decolonial à educação antirracista como um instrumento de combate ao racismo expresso - e reforçado - pelas escolas, por meio de dispositivos legais como as leis nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 e 11.645, de 10 de março de 2008, que incluem, no currículo oficial, a obrigatoriedade da História e Cultura Africanas e Afro-Brasileiras e da Educação Relações Raciais em toda a educação básica. Dispositivos estes que devem proporcionar práticas antirracistas à medida que se devem relacionar com as práticas decoloniais. Por resultado principal, identificamos: se faz necessário desenvolver uma educação antirracista no contexto escolar, onde a escola seja o território para o encadeamento de processos pedagógicos voltados para a construção de uma prática que combata o racismo epistêmico e fomente novas identidades num processo dialógico entre estudantes, docentes e toda a comunidade escolar.