O ensino de Língua Inglesa no Brasil é alvo de constantes discussões a respeito de sua qualidade e efetividade, visto que, de acordo com pesquisas realizadas pelo British Council, somente 5,1% dos jovens oriundos de escolas públicas dominam a língua inglesa. Situado na Linguística Aplicada e motivado pela carência no ensino de inglês da rede pública, este estudo tem como objetivo principal relatar a experiência de uma professora de inglês em formação inicial tanto na rede pública de ensino, quanto na rede privada. Para isso, serão apresentados os contextos em que a professora esteve inserida, e serão realizadas discussões e reflexões acerca da formação docente inicial, bem como apresentar as semelhanças e diferenças entre as redes de ensino pública e privada baseadas na vivência da professora. Este relato fundamenta-se na noção de que a reflexão de um profissional sobre seus esquemas de ação tem origem em um fato concreto (PERRENOUD, 2002), e desta forma, as vivências dão origem às reflexões. Ao refletir sobre as vivências relacionadas a prática docente no ensino de Língua Inglesa na rede pública, foi possível observar diversos aspectos que contribuem para a escassez do ensino de língua inglesa, pontuando diversas disparidades entre o ensino de inglês em escolas da rede pública e privada. Desse modo, conclui-se que o ensino de Língua Inglesa merece ainda um olhar reflexivo do professor, em busca de desenvolver a sua prática docente, principalmente nas escolas da rede pública, nas quais deveriam promover o ensino de Língua Inglesa desde a infância, portando uma carga horária robusta, com profissionais habilitados e certificados, levando assim à melhores resultados na aprendizagem dos alunos inseridos nesse contexto.