De acordo com a história das metodologias de aprendizagem para ensinar geografia, a predominância de estratégias com tendência tradicional tem demonstrado, ainda, espaço de prática durante o processo de compreensão dos conteúdos. Para Callai (2001), o ensino de geografia sem o desenvolvimento do pensamento geográfico e uso do raciocínio geográfico como operacionalizador da aprendizagem no contexto do estudante, dificulta a possibilidade de decodificar, analisar e aplicar os conhecimentos construídos. Como não é uma questão exclusivamente de correção metodológica, pois é necessário compreender os elementos e fatores epistemológicos da geografia escolar, salientar a importância de novas metodologias na formação inicial e continua dos professores e das professoras de geografia é inovador, diante do recorte de sociedade que se apresenta na atualidade da sala de aula no cenário do meio técnico-científico-informacional que vivenciamos. Por isso, esse trabalho vem a contribuir com uma proposta de metodologia ativa, por meio da rotação por estação, que envolve o estudante como sujeito ativo do processo de aprendizagem. Nessa perspectiva, realizou-se uma pesquisa de estudo de caso em uma escola pública do município de Fortaleza/Ceará, sobre a proposta de ensinar as bases conceituais da cartografia escolar, com ênfase no letramento e na alfabetização cartográfica. A partir do plano de intervenção realizado nas turmas dos anos finais da escola, observou-se um avanço na aprendizagem dos conceitos e aplicações da geografia, principalmente na crítica sobre o espaço social onde eles vivem.