Vivemos em uma sociedade heterogênea, onde as diferenças são percebidas em cada pessoa, lugar ou modo de pensar. Quando as diferenças estão pautadas na comunicação, haverá diversas barreiras que precisam ser rompidas. A surdez é uma condição existente para pessoas que fazem parte da comunidade surda e usuárias da Libras (Língua Brasileira de Sinais). Nos últimos anos, surgiram diversas leis que asseguram o uso da Libras em todos os espaços e que sua utilização pode romper essa barreira comunicativa. Mesmo que no âmbito acadêmico a Libras faça parte das disciplinas obrigatórias ou optativas (em alguns casos), isso não é suficiente para o desenvolvimento de um ambiente linguístico entre pessoas ouvintes e surdas. Dessa forma, foi necessário o desenvolvimento de um projeto inclusivo em uma Instituição de Ensino Superior chamada FIC (Faculdade Integrada CETE) no município de Garanhuns – PE, onde são ofertados cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Farmácia, Odontologia, Estética e Direito. O projeto aconteceu no ano de 2021, mobilizando acadêmicos, docentes, direção e comunidade surda local. Mesmo diante dessa pandemia, o desenvolvimento do projeto trouxe novas possibilidades, pois falar de inclusão é muito mais que usar a Libras diante da pessoa surda, incluir é se colocar no lugar da outra pessoa. Diante disso, surge uma questão norteadora: como tornar o espaço acadêmico um ambiente inclusivo e fazer da Libras muito mais que uma disciplina obrigatória ou optativa, mas uma possibilidade de romper barreiras comunicativas?