BARBOSA, Franciele Brito et al.. . Anais VIII CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2022. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/89099>. Acesso em: 13/11/2024 03:26
O objetivo deste trabalho é discutir os rumos da disciplina de sociologia a partir da implantação da reforma curricular do ensino médio no estado da Bahia, iniciada em 2019. Esta reforma foi implementada por meio de uma Medida Provisória aprovada em um contexto de profunda crise institucional, política e social, reflexo de um estado neoliberal e convervador no Brasil. A partir destas normativas, o currículo do ensino médio se caracteriza pela base comum curricular e pelos itinerários formativos, retirando a obrigatoriedade da sociologia do currículo. Para atingir este objetivo foram analisadas as normativas e as diretrizes, como as diferentes versões do Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB). Para uma melhor análise da discussão, este trabalho foi organizado em três seções: (1) “O percurso da reforma”, faz uma análise das principais diretrizes que regulamentam a implantação da reforma do ensino médio na educação pública na Bahia, procurando discutir qual é o lugar da sociologia no ensino médio diante das reformas que estão sendo implementadas; (2) “Empreendedorismo e currículo”, acrescentamos à discussão do capítulo anterior uma análise do interesse privado na rede de ensino público, principalmente no ensino médio, por meio do discurso de profissionalização precoce das(os) estudantes com base nos textos de Frigotto (2022), Monteiro (2021) e Nosella (2015) e (3) “Ideologia e Curriculo” reflete sobre o entendimento do currículo como um espaço de disputa e de poder, e como esse curriculo se apresenta a partir da implantação da reforma do ensino médio nas escolas da rede estadual, tendo como base os textos de Eagleaton (1997), Silva (2005) e Whitaker (2003). De modo geral, pode-se afirmar que a sociologia perdeu espaço na formação geral básica. Uma forma de resistência seria pensar em disciplinas como Projeto de Vida como espaços que podem ser ocupados pelas(os) docentes.