ASSIS, Mislene Lemos De Almeida. Eja: os excluídos mesmo antes da pandemia. Anais VIII CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2022. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/88020>. Acesso em: 23/12/2024 14:48
O contexto da Educação de Jovens e Adultos (EJA) se apresenta desde sempre como oportunidade para os educandos que não conseguiram concluir os estudos na idade certa. Entretanto, para as Políticas Públicas e constitucionalmente, a idade certa se dá dos 04 (quatro) aos 17 (dezessete) anos. Este aspecto corrobora para que haja uma decadência da importância desta modalidade de ensino na estrutura educacional brasileira e dissemina uma forma de exclusão. Machado (2010) vai alertar sobre a exlusão que o termo “idade certa” propicia a esta fase da Educação Básica. Abramovay e Waiselfisz (2021), ressaltam a importância de se entender a singularidade dos alunos a partir das suas experiências e bagagens. Dowbor (2008), discorre a respeito da relação professor-aluno, não somente visando a aprendizagem de conteúdos, mas também as relações interpessoais. Freire (1967), nos oferece subsídios para interagirmos nestas relações por meio da dialogicidade em detrimento da educação bancária. Concluímos que estes alunos estão em situação de exclusão não somente por dificuldades em lidar com as tecnologias em tempos de aulas remotas, mas desde quando as Políticas Públicas relegaram em segundo plano, educandos que por algum motivo não conseguiram dar seguimento em seus estudos “na idade certa”.