O presente trabalho é um relato de experiência do projeto de pesquisa “Geografia, território e Aquilombamento”, desenvolvido no Instituto Federal do Rio de Janeiro – Campus Pinheiral. O projeto nasceu de uma inquietação inicial, estimulada pela ausência de referências de mulheres negras na disciplina de Geografia que se leciona no ensino médio técnico. As ausências se ampliam quanto aos exemplos relacionados ao protagonismo de mulheres negras no cotidiano da escola e da comunidade. Foram pesquisadas referências bibliográficas de duas intelectuais negras – Lélia Gonzáles e Beatriz Nascimento – sobre a temática TERRÍTÓRIO, categoria da geografia, capaz de dar suporte analítico ao que chamamos de quilombos urbanos na atualidade. Realizamos um levantamento de Entidades da Sociedade Civil que estão fazendo parte do atual conselho de igualdade racial em Volta Redonda, criamos um cronograma de visitação e reconhecimento desses espaços como quilombos urbanos. Estabelecemos parceria e fomos recebidos pelo grupo das marias e por membros da própria comissão de igualdade racial, que são lideranças importantes e se reconhecem como agentes de práticas quilombolas tanto no município de Volta redonda, quanto na região. Pensando em estabelecer diálogo com a comunidade do IFRJ, o projeto foi inscrito na semana acadêmica do campus São Gonçalo, onde realizamos uma troca de experiências sobre a temática, além dos bolsistas, que na ocasião, puderam relatar suas vivências na pesquisa e extensão. A efetiva aproximação, de forma presencial, com as instituições parceiras do projeto, tiveram início no mês de maio, pois o retorno presencial das aulas ocorreu somente em abril. Reelaboramos um cronograma de visitas aos espaços que nos receberam para realização da pesquisa – o jongo de Pinheiral e o Grupo das Marias – e estamos com visita agendada para o início de junho ao memorial Zumbi dos Palmares. A parceria com o jongo de Pinheiral foi efetivada nesse mês, onde fomos sensibilizados pela necessidade de renovação do memorial do jongo, de forma mais urgente, para no próximo ano relatarmos em uma publicação conjunta esse processo.