MELO, Rosana Alves De et al.. Violência vivenciada pelos idosos no brasil. Anais do IX CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2022. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/87256>. Acesso em: 23/12/2024 03:06
O envelhecimento populacional tornou-se um dos maiores desafios para a saúde pública, visto que se exige a efetiva implementação da estratégia de educação em saúde como possibilidade de manutenção da capacidade funcional do idoso. Com o envelhecimento, os indivíduos tornam-se vulneráveis, o que gera menor poder de defesa e facilita a ação de agressores. Dentre os agravos contra idosos, ressalta-se a violência, que se tornou um fenômeno universal, e se referem aos abusos físicos, psicológicos e sexuais; o abandono, negligências; abusos financeiros e autonegligências. Este estudo teve como objetivo descrever os registros de notificação de violência contra a pessoa idosa no ano de 2021. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, através dos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Sistema Único de Saúde disponíveis na página do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde por meio de arquivos em extensão .csv. Incluíram-se as notificações referentes às violências física, psicológica, negligência e ameaça, analisadas segundo sexo e as cinco regiões brasileiras. Lançou-se mão da estatística descritiva como método de análise. A notificação de violência física e psicológica foi mais prevalente nas idosas do sexo feminino residentes na região sudeste. A negligência se mostrou mais presente também nas mulheres, mas estas residindo na região nordeste, seguida da região sudeste e sul. As ameaças à pessoa idosa foram mais evidenciadas através das notificações registradas nas regiões sudeste e sul, mantendo como maiores vítimas ainda as mulheres idosas. O conhecimento do contexto da violência contra idosos é fundamental para a definição de políticas públicas que possam direcionar a proteção aos grupos de maior risco, bem como permitir a execução de ações de prevenção e proteção desses indivíduos. Para isso, é necessário que existam sistemas de informações e dados epidemiológicos seguros, baseado na notificações de casos.