A queda em pessoas idosas é um evento adverso relacionado a fatores extrínsecos e intrínsecos. São considerados fatores de risco intrínsecos o gênero feminino, idade avançada, diminuição da acuidade visual, declínio cognitivo e histórico prévio de queda. Entre os extrínsecos destacam-se a polifarmácia e os fatores ambientais. A polifarmácia é definida como a utilização concomitante por um mesmo indivíduo de cinco ou mais medicamentos. A administração de diferentes fármacos em pessoas idosas eleva o risco de queda e de interações medicamentosas. Assim, objetivou-se identificar a ocorrência de quedas em pessoas idosas institucionalizados em uso de polifarmácia. Estudo descritivo, transversal e abordagem quantitativa, realizado de março a dezembro de 2018, em três instituições de longa permanência no Nordeste do Brasil. A amostra constou pessoas idosas institucionalizadas em uso de polifarmácia e os dados foram por profissionais de saúde treinados. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e apresentados em números absolutos e relativos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob parecer n. 2.366.555. Participaram do estudo 128 pessoas idosas em uso de polifarmácia, das quais 74,1% tiveram o evento adverso queda nos últimos cinco anos e 28,9% informaram ter medo de cair novamente. Os idosos referiram que o medo de cair limitou as suas atividades de vida diária. A ocorrência de queda foi um evento comum em pessoas idosas em uso de polifarmácia, justificando a importância do acompanhamento da equipe multiprofissional e das ações educativas para adequação do ambiente. Nesse sentido, é importante sensibilizar os profissionais de saúde quanto a necessidade de avaliar, planejar e implementar ações voltadas a prevenção de quedas em idosos que necessitam de polifarmácia.