O AVC é uma das maiores causas de incapacidade no mundo, pode gerar desde dificuldades motoras a psicológicas e sociais. O cérebro humano pode desempenhar várias funções cognitivas, dentre elas tem-se a percepção do movimento humano. Trata-se de uma habilidade inata que pode depender de modelos internos que conduzem os movimentos autogerados e influenciam a discriminação deles. Acredita-se que à medida que o repertório motor do indivíduo se deteriora, a precisão desses modelos pode diminuir, um déficit nesse tipo de processamento pode ter consequências abrangentes para a percepção social e o funcionamento interpessoal. Assim, esse estudo tem por objetivo observar o desempenho de pacientes pós AVC em uma tarefa de percepção do movimento biológico (PMB). Metodologia: trata-se de um estudo experimental, transversal, de caráter quantitativo. A amostra foi composta por cinco pacientes pós AVC e 5 idosos saudáveis, selecionados de forma não probabilística, por conveniência e intencional. Após passarem por uma breve avaliação foi realizada a tarefa de percepção do movimento biológico, que continham 13 movimentos distintos. Resultados: Em ambos os grupos havia 3 homens (60%) e 2 mulheres (40%), a média de idade para o grupo AVC foi de 65,2 anos (± 10,33), para o grupo de idosos saudáveis foi de 76,6 anos (± 10,26). Para a tarefa de PMB a média de acertos foi de 5 (± 3,25) para o grupo AVC e 8,6 (± 3,5) para os saudáveis. Nos estudos realizados em pacientes com a Doença de Parkinson e a Doença de Huntington a PMB foi menor quando comparado com pessoas saudáveis. Nessa pesquisa os resultados corroboram com os anteriores, contudo se faz necessário uma amostra maior para uma melhor elucidação do que ocorre nos pacientes pós-AVC.