RESUMO O processo de envelhecimento possui relação estreita com aspectos relacionados à condição socioeconômica, cultural, e demográfica dos indivíduos. Estes, por sua vez, sofrem, a partir dessa influencia, transformações positivas e/ou negativas de acordo com o contexto no qual estão inseridos. Assim também, a situação da pandemia pelo COVID-19 suscitou mudanças em vários aspectos para as pessoas idosas afetando desde suas atividades laborais até a saúde mental e rede de apoio. Nesse sentido, o estudo teve como objetivo identificar os efeitos que o distanciamento social ocasionou nos idosos durante a pandemia do COVID-19. Foi estruturado por meio de revisão de literatura com abordagem qualitativa. Para obtenção da amostra, foi consultada a Biblioteca Virtual de saúde que contemplou a Base de Dados de Enfermagem, a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e no Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica. A expressão de amostra foi obtida através da combinação dos operadores booleanos através com os descritores em saúde: Envelhecimento, Distanciamento Físico, Assistência Integral à Saúde do Idoso e COVID-19. Foram incluídas as referências publicadas entre janeiro de 2019 a fevereiro de 2022, na língua portuguesa, disponíveis de maneira online e gratuita. Excluíram-se 6 artigos que se encontravam em duplicidade e que não possuíam relação com o objetivo do estudo, resultando em uma amostra final de 19 artigos. Após a análise percebeu-se que o distanciamento social enquanto principal forma de enfrentamento refletiu na população idosa através de conflitos uma vez que, limita a mobilidade de suas atividades de vida diárias, interação social com familiares e amigos, está relacionado com o medo de adoecer e ocasiona mudanças no comportamento pessoal provocando reações emocionais negativas. Nesse sentido, se faz necessário ressaltar ações organizadas e ordenadas que percebam a complexidade do processo de envelhecimento e os efeitos do distanciamento nessa população.