Introdução: Embora os programas de residência venham evoluindo, expandindo e se consolidando com o passar do tempo, desafios significativos que devem ser superados ainda permeiam as discussões acerca de tais programas, como: currículos baseados em competências, ferramentas de ensino-aprendizagem, política de preceptoria, desafios da política municipal e da organização das redes de atenção locais para o funcionamento do programa e sustentabilidade financeira da implementação. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa da literatura que tange à implementação de programas de residência em saúde no Brasil, evidenciando suas potências e fragilidades. Metodologia: A busca dos artigos foi realizada no portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no mês de abril de 2022, através da seguinte chave de busca: (“implementação” AND “programas de residência”). De início, obteve-se 135 resultados. Após o filtro “últimos 5 anos” restaram 62 artigos que foram submetidos a leitura de título e resumo. Desta, restaram 3 resultados que, após a leitura na íntegra, foram incluídos na revisão. A fim de enriquecer a revisão e não excluir alguma outra referência que pudesse contribuir para a síntese de evidências, foi realizada uma busca adicional na literatura cinzenta (Google Acadêmico e referências dos artigos incluídos). A partir desta busca adicional, outros 2 artigos foram incluídos na revisão, restando cinco artigos para análise final. Resultados: a análise dos artigos sugeriu quatro núcleos de sentido: (i) planejamento prévio; (ii) objetivo do programa; (iii) seleção e formação dos preceptores; (iv) potencialidades e fragilidades. Conclusão: os programas apresentaram a potencialidade de melhorar a qualidade de assistência à saúde, essencialmente quando os preceptores detêm as habilidades necessárias para o auxílio na formação dos estudantes. Fragilidades como estrutura física dos cenários de prática, sobrecarga de jornada de trabalho dos profissionais e falta de comunicação entre os setores envolvidos devem ser superadas.