A diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) é considerada uma epidemia mundial e é relevante o questionamento sobre o perfil dos portadores da doença, com o intuito de promover uma construção educativa para prevenção e controle da doença. O objetivo do estudo foi traçar o perfil metabólico, o rastreio cognitivo e a caracterização de idosos vivendo DMT2 que aderiram a um programa de exercícios físicos (EF). Métodos: Este estudo recebeu aprovação da ética nº CAAE: 39202214.8.0000.0065. Foram avaliados 62 homens portadores de DMT2 com idade média de 70,6 (variando de 65 a 79 anos) e tempo médio de doença é de 16,6 anos. O perfil metabólico foi por amostras de sangue periférico (20ml) em jejum de 12 horas, o rastreio cognitivo foi realizado pelo mini exame de saúde mental (MESM), para a caracterização sócio demográfica e histórico da doença, os pesquisadores criaram um questionário próprio. Resultados: O perfil metabólico apresentou-se alterados, a Frutosamina estava em média 310,0(±72,9)umol/L; glicose 128,8(±44,67)mg/dL; hemoglobina glicada 7,3(±1,5)% e a Insulina 10,9(±12,1)µU/Ml. A cognição ficou dentro da normalidade 27,7(±2,1). A maioria é não fumante 96,8% e 50% bebem socialmente, 77,5% são brancos e 54,8% já praticavam algum tipo de EF antes de entrar no programa, 66,1% tem nível escolar superior e 45,2% recebem entre 2 a 5 salários mínimos. Em relação a doenças: as do coração foram citadas por 32,2% dos idosos e a dor musculoesquelética em 66,1% e 22,6% sofreram quedas no último ano. Somente 17,8% dos entrevistados tiveram Covid19 e todos vacinados. A maioria, (45,1%) tomam dois medicamentos antidiabéticos; 9,7% são insulinodependentes. O IMC ficou em 27,3(±4,0) kg/m2. Conclusão: Aqueles que procuram um tratamento com EF já apresentam a cultura do autocuidado como manutenção do peso, controle da glicose, são brancos, têm renda acima da média populacional e alta escolaridade.