As políticas ambientais brasileiras surgem principalmente nas últimas quatro décadas do século XX, por meio de um processo de institucionalização caracterizado por ser lento, complexo e contraditório. Neste sentido, esta trajetória pode ser compreendida através da periodização apresentada por Monosowski(1989), organizada em quatro períodos: gestão dos recursos naturais, controle da poluição industrial, planejamento territorial e integração de recursos. Diante disso, o entendimento de como ocorreu historicamente o desenvolvimento das políticas ambientais brasileiras, bem como, a avaliação de quais as contradições e dificuldades relacionadas a institucionalização dessas políticas é necessária. Desse modo, o presente estudo tem como objetivo principal analisar o contexto histórico e as suas contradições no processo de institucionalização das políticas ambientais brasileiras. Para tanto, realizou-se pesquisa de natureza qualitativa, utilizando como ferramenta a revisão bibliográfica sistemática, por meio da buscas em diversas plataformas científicas nos idiomas português, espanhol, inglês e francês. Após a análise dos recursos bibliográficos selecionados, foi possível compreender que os principais obstáculos relacionados às contradições do processo de institucionalização são a falta de prioridade nas políticas ambientais; o descompasso entre as leis e os discursos avançados, formulados e disseminados no universo institucional da gestão ambiental e seu mau cumprimento. Adiciona-se ainda, a ausência de integração e coordenação de políticas setoriais ambientais, essenciais para a gestão eficiente dos recursos. Portanto, nas condições metodológicas em que foi realizado este estudo, é possível concluir que a revisão apresentada provou-se como base para as proposições futuras, uma vez que discute as adequações do que já foi realizado neste âmbito.