A diversidade está relacionada à pluralidade e à multiplicidade dos povos e das pessoas, à liberdade para realizar sua democracia e também à necessidade de respeitar as liberdades básicas. No âmbito da educação e das políticas públicas a diversidade é aspecto estratégico para adaptar o ensino aos estudantes, é uma questão de direito, constituindo uma forma de entender, de orientar e organizar a prática educativa, dotando-a de conteúdos e de uma visão crítica para entender a cultura, a sociedade e os vínculos sociais que a constroem. O reconhecimento da diversidade é um dos motivos principais na construção de um sistema educacional inclusivo que se dá na formação docente e para isto a discussão da temática é imprescindível nos cursos de graduação e pós-graduação. Nesta perspectiva, ver-se a importância da contribuição dos grupos de estudos formados no âmbito acadêmico, compostos por docentes e discentes, como é o caso do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação Sobre Mulher e Relações de Sexo e Gênero (NIPAM), criado em 1998 por uma iniciativa do grupo de docentes do Campus I - UFPB, em João Pessoa - PB que visa e amplia projetos de pesquisas e extensão de forma interdisciplinar sobre a mulher, gênero, raça, sexualidade, entre outros temas. Por meio dessas discussões viu-se a possibilidade de ofertar dois cursos de especialização na modalidade de Ensino a Distância(EaD): Gênero e Diversidade na Escola(GDE) e Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça(GPPGER). Ambos tiveram início no ano de 2014 e têm duração de 18 meses, com carga horária de 360 horas, dirigido a discentes, gestores/as e servidores/as dos três níveis da administração pública. A partir do exposto nos propomos a apresentar tais cursos e suas contribuições para a discussão das temáticas no que diz respeito ao reconhecimento da diversidade, tanto no sistema educacional quanto nas políticas públicas. Para tanto, pautaremos os estudos de Carvalho; Rabay (2013), Louro (2010) e Grossi (1998) para nos subsidiar na discussão sobre Diversidade e Formação Docente. A partir do estudo bibliográfico e dos primeiros relatórios referentes aos dois cursos percebemos que essa formação é de suma importância à reflexão através da educação e para o reconhecimento do direito à diversidade. Concluímos que é preciso pensar sobre a formação dos educadores/as e gestores/as dentro dessa temática, uma vez que ela se fundamenta na inclusão, garantindo os direitos constitucionais à educação. Portanto, se faz necessário uma formação na qual o/a educador/a e o gestor/a olhará seu/sua educando/a de um outro modo, tendo assim acesso às peculiaridades de entender, buscar e respeitar as diferenças, as quais não são sinônimos de incapacidade, mas de equidade humana.