O envelhecimento populacional vem ocasionando mudanças em diversos âmbitos da sociedade, como o educacional. Este estudo foi realizado com o objetivo de traçar o perfil epidemiológico dos idosos no campus Belém do Instituto Federal do Pará (IFPA) a fim de identificar as demandas deste grupo emergente. Foi realizada uma pesquisa quantitativa com 8 alunos da graduação, com informações extraída do banco de dados do Sistema Integrado de Gerenciamento de Atividades Acadêmicas (SIGAA) do IFPA e analisadas no software R, e através da aplicação de um questionário sociodemográfico. Os critérios de inclusão foram: ter acima de 60 anos de idade, e estar ativo em um curso de graduação do campus Belém. Nos resultados, observou-se que os alunos estão divididos igualmente quanto ao sexo, que suas idades variam de 60 a 69 anos, e que 33,3% possuem renda de 0 a 0,5 salário-mínimo. 66,7% afirmaram possuir alguma dificuldade cognitiva, onde 40% especificaram ser “problemas com a compreensão e entendimento”. Em relação à comorbidades, 33,6% responderam possuir hipertensão, 16,7% diabetes e 50% afirmaram não possuir comorbidade alguma; finalmente, 16,7% relatam praticar atividades físicas. Conclui-se que estes índices refletem o processo normal de envelhecimento, com a degeneração comum da função cognitiva que ocorre a partir dos 50 anos; argumenta-se ainda que tal desgaste pode ser revertido até certo ponto com a prática de atividades físicas e intelectualmente estimulantes, e convívio social, as quais são oferecidas no ambiente educacional. Sugere-se o desenvolvimento de atividades que estimulem a cognição dos alunos idosos do campus.