Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo que causa alterações significativas em componentes cognitivos, comportamentais e sociais durante o envelhecimento funcional do sistema nervoso central (SNC). A estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) é um instrumento de neuromodulação não invasiva que tem ganhado visibilidade como facilitador do processo de neuroplasticidade, por provocar potencialização em longo prazo com prováveis efeitos de ganho nas atividades de transmissão sináptica. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi verificar a aplicabilidade e eficácia da tDCS na DA. Método: Realizou-se uma busca sistemática, por publicações entre janeiro de 2012 a janeiro de 2022, seguindo as diretrizes do PRISMA nas bases de dados MEDLINE (PubMed), Web of Science, LILACS e The Cochrane Library, utilizando os seguintes descritores “transcranial direct current stimulation” ou “transcranial current stimulation” ou “tDCS” e “Neuronal Plasticity,” ou “Neuromodulation” em conjunto com “Alzheimer” ou “Alzheimer Disease” ou “Alzheimer Dementia”. Resultados: 10 artigos foram selecionados para a revisão, conforme os critérios de elegibilidade. Utilizou-se a Physiotherapy Evidence Database (PEDro), para avaliar, na íntegra, a qualidade metodológica destes. Os estudos apontaram maior uso de corrente de 2mA para estimulação anódica na área do Lobo Temporal. A efetividade da estimulação foi avaliada pelo uso de testes neurocognitivos como Clock Drawing Test e o Montreal Cognitive Assessment (MoCA). Conclusão: De modo geral, a tDCS apresenta eficácia como alternativa terapêutica, no qual induz estabilidade nas funções cognitivas e melhora na performance cognitiva global na DA.