A incidência do Acidente Vascular Encefálico (AVE) cada vez mais prematura ocasiona danos residuais permanentes fazendo-se necessário a presença de um cuidador, na maioria das vezes, familiares; e com a cronicidade do evento, ocasiona sobrecarga física e mental, baixa autogestão e impacto socioeconômico. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, tendo como objetivo identificar as ações de educação em saúde e se essas são capazes de alterar a sobrecarga física e mental dos cuidadores de paciente com acidente vascular encefálico. Foram realizadas buscas eletrônicas nas bases de dados BVS, Medline, PubMed, PEDro e Scielo, publicados nos últimos cinco anos nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola. Após análise, foram revisados 17 artigos que avaliavam a qualidade de vida e sobrecarga de cuidadores. Os artigos que avaliaram a independência funcional do paciente relacionada com a sobrecarga imposta ao cuidador, observaram impacto quando há maior dependência por parte do doente, associando este impacto com redução da qualidade de vida pela baixa autogestão. Dos artigos que avaliaram a sobrecarga do cuidador relacionada a falta de informações não foi observado impacto significativo na qualidade de vida, porém, fatores sociodemográficos e acometimentos na saúde podem influenciar de maneira significativa a qualidade de vida. Os estudos concluem a importância de intensificar políticas públicas com ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, com assistência interdisciplinar para melhora da qualidade de vida, ações estratégicas para capacitação de cuidadores, adaptação dos pacientes, orientação familiar, suporte psicossocial, descanso e reintegração na sociedade