Os hábitos alimentares inadequados quando associados à inatividade física e práticas deletérias como etilismo e/ou tabagismo contribuem para o surgimento de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), conferindo impacto negativo na saúde pública a nível mundial. Dessa forma o objetivo deste estudo foi comparar o consumo alimentar com variáveis antropométricas para o risco cardiovascular e marcadores bioquímicos em idosas. Trata-se de um estudo analítico de caráter transversal realizado com idosas no período de maio a outubro de 2021, no ambulatório de nutrição do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira. Foram coletas informações sobre: recordatório alimentar de 24h, circunferência abdominal (CA), índice de massa corporal (IMC) e exames bioquímicos. Foram avaliadas 34 idosos, na análise do consumo alimentar segundo Índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQDR), foi observado que 72,3% apresentam o consumo de dieta saudável. E na avaliação da correlação entre o IQDR e as variáveis bioquímicas não foi observada correlação estatisticamente significante. Já com relação ao IQD e as variáveis antropométricas não foram observadas diferenças significativas. E no que se refere à análise entre os componentes do IQDR e as variáveis antropométricos, observa-se correlação negativa entre o consumo de cereais totais e IMC (?=-0,376 e p=0,028). Pode-se concluir que o presente estudo demonstrou uma relação entre o consumo alimentar e o estado nutricional, sendo uma importante ferramenta para o direcionamento de estratégias de prevenção e controle desses agravos.