O Diabetes Mellitus considerado um problema de saúde pública e caracterizado como epidemia mundial, devido à elevada incidência e prevalência nos últimos anos, é uma grave urgência de saúde no século XXI. Dentre as complicações crônicas do diabetes, o “pé diabético” destaca-se como a mais frequente, referindo-se a diversas alterações e complicações que ocorrem, isoladamente ou em conjunto, nos membros inferiores das pessoas com diabetes. Este estudo objetivou analisar os fatores associados às amputações de membros inferiores e apresentar o perfil das pessoas diabéticas, acompanhadas no Ambulatório de Endocrinologia. Trata-se de um estudo descritivo de caráter quantitativo, realizado num hospital público do interior da Paraíba entre agosto de 2020 a julho de 2021. A população foi constituída de pessoas com diabetes mellitus. Os dados foram coletados utilizando um questionário semiestruturado, após aprovação sob CAAE n° 35617420.3.00005182, visando caracterizar o perfil socioeconômico, além de questões relacionadas aos antecedentes pessoais e familiares. Foram encontradas diferenças quanto ao gênero, com 65% dos participantes eram masculinos e 34,9% feminino. Verificou-se também que, 50,7% encontravam-se na faixa etária de 50 a 61 anos. Quanto aos antecedentes familiares, o histórico familiar da população dos quais referiram ter pai, mãe ou avós com diagnóstico confirmando do diabetes tipo 2, no estudo apresenta maior incidência em ter mãe diabética, representando 46%. Observou-se maior incidência de amputação entre pacientes com tempo de diagnóstico de diabetes superior a cinco anos, sabe-se que o tempo prolongado da doença se constitui em um dos fatores de risco para o desenvolvimento de complicações do DM. Assim, este estudo visa contribuir na investigação dos fatores que desencadeiam a incidência de amputações em consequência da diabetes, levando em consideração o autocuidado, sendo possível intervir nas condutas preventivas, as quais devem ser pactuadas através de políticas públicas.