ESTE TRABALHO, TEM COMO OBJETO DE ESTUDO A EDUCAÇÃO ESCOLAR EM UMA COMUNIDADE SITUADA NO SERTÃO PIAUIENSE ENTRE OS ANOS DE 1850 E 1889. INTERESSA-NOS REFLETIR SOBRE AS IMPLICAÇÕES DOS INCREMENTOS ADMINISTRATIVOS NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS ESCOLARES DA POPULAÇÃO HABITADORA DA POVOAÇÃO DOS PICOS. EM SUA ELABORAÇÃO FOI UTILIZADO UM CONJUNTO DE FONTES COMPOSTO POR DOCUMENTOS OFICIAIS DOS PODERES LEGISLATIVO E EXECUTIVO DO ESTADO DO PIAUÍ COLETADOS NO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO. A ANÁLISE QUALITATIVA DAS FONTES, REALIZADA A PARTIR DAS NOÇÕES DE FORMA ESCOLAR DELINEADA POR VINCENT, LAHIRE E THIM (2001) E PRÁTICAS CULTURAIS POR CHARTIER (1999), INDICA QUE A EMERGÊNCIA DE UMA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO ESCOLAR PARA MENINOS E MENINAS QUE HABITAVAM NA POVOAÇÃO DOS PICOS VAI ACONTECER CONCOMITANTEMENTE AO PROCESSO DE ELEVAÇÃO DA POVOAÇÃO A CATEGORIA ECLESIÁSTICA DE FREGUESIA (1851) E, LOGO EM SEGUIDA (1855), A CONDIÇÃO ADMINISTRATIVA DE VILA. MOSTRA, TAMBÉM, QUE NAQUELA ESPACIALIDADE DO SERTÃO PIAUIENSE, A EDUCAÇÃO ESCOLAR FOI REALIZADA AO PREÇO DE MUITAS HESITAÇÕES PROMOVIDAS PELO ABANDONO DAS CADEIRAS, RODÍZIOS DE PROFESSORES, LICENÇAS PARA TRATAMENTO DE SAÚDE, MORTES, ALÉM DAS INGERÊNCIAS DO PODER POLÍTICO LOCAL QUE PROMOVIA REMOÇÕES, SUBSTITUIÇÕES E EXONERAÇÃO DOS PROFESSORES E DAS PROFESSORAS.