O ARTIGO DISCUTE A PARTICIPAÇÃO DE MULHERES PESQUISADORAS/CIENTISTAS NAS ÁREAS DE MATEMÁTICA, A PARTIR DAS ANÁLISES DOS DESAFIOS E OBSTÁCULOS ENFRENTADOS POR ELAS, BEM COMO SUAS ESTRATÉGIAS DE LUTA E RESISTÊNCIA, EM ESPECIAL PARA ALCANÇAR ASCENSÃO PROFISSIONAL E POSIÇÕES DE PRESTÍGIO E PODER NO MEIO ACADÊMICO. EVIDENCIAM-SE MECANISMOS QUE LEVAM AO “EFEITO TESOURA” (MENEZES, 2017) APLICADO ÀS MULHERES, QUE VAI “CORTANDO” A REPRESENTATIVIDADE FEMININA DA GRADUAÇÃO PARA CIMA, GERANDO SUBSTANCIAL QUEDA NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA, CONFORME ELAS VÃO AVANÇANDO NA CARREIRA, CONTRIBUINDO PARA A MANUTENÇÃO DAS RELAÇÕES DESIGUAIS DE GÊNERO E A PERMANÊNCIA DA DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO NESSA ÁREA DE ATUAÇÃO. A ANÁLISE APRESENTADA FOI REALIZADA POR MEIO DA OBSERVAÇÃO, NO DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, E A UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA, QUE PARA SUA REALIZAÇÃO, CONTOU COM O APORTE TEÓRICO DOS ESTUDOS ACERCA DAS RELAÇÕES DE GÊNERO E DA DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO DE ORIGEM FRANCESA, DERIVADOS DO FEMINISMO MATERIALISTA. DISCUTE-SE COMO TAL FENÔMENO SE DESENVOLVE NAS TRAMAS SOCIAIS E, NESSE CENÁRIO DESIGUAL, ESPERA-SE CONTRIBUIR PARA REFLEXÕES ACERCA DA SUB-REPRESENTAÇÃO FEMININA NAS CIÊNCIAS EXATAS E FOMENTAR DISCUSSÕES E AÇÕES EM PROL DE POLÍTICAS DE IGUALDADE ENTRE OS GÊNEROS NAS CARREIRAS ACADÊMICAS, SOBRETUDO NA MATEMÁTICA.