INTRODUÇÃO:VELOCIDADE DA PASSADA É UMA MEDIDA QUANTITATIVA PARA ANALISAR O ANDAR. CARACTERIZADA COMO O RESULTADO DE UMA INTERAÇÃO ENTRE FUNÇÕES E ESTRUTURAS CORPORAIS, A VELOCIDADE DO ANDAR É CONSIDERADA COMO UM INDICADOR DE MOBILIDADE FUNCIONAL. IDOSOS QUE POSSUEM VELOCIDADE DO ANDAR USUAL ABAIXO DE 0,8M/S SÃO CONSIDERADOS CAMINHANTES COM LIMITAÇÕES ENQUANTO OS IDOSOS COM VELOCIDADE USUAL ACIMA DESTE VALOR SÃO CAMINHANTES DA COMUNIDADE (MIDDLETON ET AL., 2015). INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON (DP) PODEM APRESENTAR LENTIDÃO NO ANDAR. CONSIDERADA UMA PATOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO QUE DESEQUILIBRA A ATIVIDADE DO CÓRTEX MOTOR, INDIVÍDUOS COM DP APRESENTAM SINAIS E SINTOMAS MOTORES COMO TREMOR, BRADICINESIA, INSTABILIDADE POSTURAL E DÉFICITS NO ANDAR. OBJETIVO: COMPARAR OS PARÂMETROS ESPACIAIS E TEMPORAIS DO ANDAR ENTRE INDIVÍDUOS COM DP CAMINHANTES DA COMUNIDADE E CAMINHANTES COM LIMITAÇÃO. MATERIAIS E MÉTODO: ESTE ESTUDO FOI APROVADO PELO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA LOCAL. AO LABORATÓRIO DE ESTUDOS DA POSTURA E DA LOCOMOÇÃO (LEPLO) COMPARECERAM INDIVÍDUOS DE AMBOS OS SEXOS QUE ATENDEM REGULARMENTE O PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON (PROPARKI) E OS SEGUINTES CRITÉRIOS DE INCLUSÃO FORAM CONSIDERADOS: IDADE ACIMA DE 60 ANOS, SEM DOENÇAS CRÔNICAS OSTEOMIOARTICULARES, LOCOMOÇÃO INDEPENDENTE E VISÃO NORMAL OU CORRIGIDA. DEZESSEIS PACIENTES FORAM CLASSIFICADOS COMO CAMINHANTES DA COMUNIDADE (VELOCIDADE DA PASSADA IGUAL OU SUPERIOR À 0,8M/S; MÉDIA=0,98) E DEZESSETE PACIENTES FORAM CLASSIFICADOS COMO CAMINHANTES COM LIMITAÇÕES (VELOCIDADE INFERIOR A 0,8M/S; MÉDIA=0,77). INICIALMENTE, FOI REALIZADA UMA ANAMNESE PARA OBTENÇÃO DE DADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA. EM SEGUIDA, OS PARTICIPANTES FORAM INSTRUÍDOS A ANDAR EM LINHA RETA NA SUA VELOCIDADE PREFERIDA, EM 3 TENTATIVAS, SOBRE UM CARPETE COM SENSORES DE PRESSÃO (GAITRITE) PARA A OBTENÇÃO DAS VARIÁVEIS ESPACIAIS E TEMPORAIS DO ANDAR. O PROGRAMA SPSS FOI UTILIZADO PARA O TRATAMENTO ESTATÍSTICO, COM DISTRIBUIÇÃO NORMAL E HOMOGENEIDADE DAS VARIÂNCIAS OBTIDOS POR MEIO DOS TESTES DE SHAPIRO-WILK E LEVENE. UMA ANOVA TWO-WAY, COM FATORES PARA GRUPO E TENTATIVA, COM MEDIDA REPETIDA NO SEGUNDO FATOR, APONTOU INTERAÇÃO ENTRE GRUPO E TENTATIVA (F1,31=26,263; P<0,001; ηP2=0,459), DURAÇÃO DA FASE DUPLO SUPORTE (F1,31=21,081; P<0,001; ηP2=0,405), LARGURA DA PASSADA (F1,31=5,645; P=0,024; ηP2=0,154) E CADÊNCIA (F1,31=9,851; P=0,004; ηP2=0,241). A ANOVA TAMBÉM INDICOU EFEITO PRINCIPAL DE GRUPO PARA TODAS AS VARIÁVEIS ESPACIAIS E TEMPORAIS DO ANDAR (P≤0,02), COM MÉDIAS FAVORÁVEIS AO GRUPO CAMINHANTES DA COMUNIDADE. CONCLUI-SE QUE INDIVÍDUOS COM DP QUE SÃO CLASSIFICADOS COM CAMINHANTES COM LIMITAÇÃO APRESENTAM RESULTADOS INFERIORES AOS INDIVÍDUOS COM DP CLASSIFICADOS COMO CAMINHANTES DA COMUNIDADE NOS PARÂMETROS ESPACIAIS E TEMPORAIS DO ANDAR, MESMO NAQUELES NÃO RELACIONADOS COM A VELOCIDADE, COMO O TEMPO EM DUPLO SUPORTE, A CADÊNCIA E A LARGURA DA PASSADA