ALTAS TAXAS DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS – IST SÃO RELATADAS NOS SISTEMAS PRISIONAIS
QUANDO COMPARADAS ÀS DA POPULAÇÃO GERAL, E ISSO TENDE A SE RELACIONAR AOS FATORES DE RISCO ANTERIORES
AO ENCARCERAMENTO, COMO O BAIXO NÍVEL SOCIOECONÔMICO, USO DE DROGAS INJETÁVEIS E COMPORTAMENTO
SEXUAL DE ALTO RISCO, COMO MÚLTIPLOS PARCEIROS E O NÃO USO DE PRESERVATIVO. ALÉM DISSO, AS CONDIÇÕES
DE PRECARIEDADE E SUPERLOTAÇÃO, JUNTO AOS FATORES SOCIOAMBIENTAIS DO ENCARCERAMENTO COMO A
EXPOSIÇÃO A ATOS DE VIOLÊNCIA, O DISTANCIAMENTO DO NÚCLEO SOCIAL DE ORIGEM E O ISOLAMENTO DO
COMPANHEIRO, FAVORECEM A DISSEMINAÇÃO DA SÍFILIS E OUTRAS IST’S ENTRE A POPULAÇÃO PRIVADA DE
LIBERDADE. A SÍFILIS É UMA INFECÇÃO DE CARÁTER SISTÊMICO E DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA CAUSADA PELO
TREPONEMA PALLIDUM. A PREVENÇÃO E O DIAGNÓSTICO PRECOCE SÃO IMPORTANTES, POIS PERMITEM REDUZIR A
TRANSMISSÃO, ALÉM DE PREVENIR O DESENVOLVIMENTO DE COMPLICAÇÕES E SEQUELAS DE LONGO PRAZO. O
PRESENTE ESTUDO VISA EXPOR A PREVALÊNCIA E OS IMPACTOS MEDIANTE INFECÇÃO POR SÍFILIS NA POPULAÇÃO
FEMININA EM PRESÍDIOS BRASILEIROS ATRAVÉS DE UMA REVISÃO DA LITERATURA. COM BASE NOS RESULTADOS
APRESENTADOS, PODE-SE INFERIR QUE A POPULAÇÃO CARCERÁRIA FEMININA POSSUI ALTA PREVALÊNCIA DE SÍFILIS
QUANDO COMPARA À POPULAÇÃO GERAL, PRINCIPALMENTE DEVIDO ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS. A ALTA PREVALÊNCIA
DE SÍFILIS JUNTO AO ENCARCERAMENTO LEVA UMA SÉRIE DE IMPACTOS QUE ATINGEM TANTO À SAÚDE DA POPULAÇÃO
CARCERÁRIA QUANDO NÃO DIAGNOSTICADA E TRATADA PRECOCEMENTE, COMO TAMBÉM AOS COFRES PÚBLICOS,
DEIXANDO CLARO QUE A PREVENÇÃO É A MELHOR FORMA DE DRIBLAR O PROBLEMA QUE A SÍFILIS CAUSA HÁ MILÊNIOS.