O ESTUDO OBJETIVA ANALISAR O PERFIL DOS(AS) ESTUDANTES QUE TIVERAM ACESSO AO ENSINO SUPERIOR NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, ANO DE 2019. O PROCEDIMENTO METODOLÓGICO FOI PAUTADO EM EXAME DE LITERATURAS PERTINENTES À TEMÁTICA, ANÁLISE DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS E A PESQUISA ESTATÍSTICA DE DADOS FORNECIDOS PELA UEPA. OS RESULTADOS APONTAM QUE A MAIORIA DOS ESTUDANTES MATRICULADOS NA IES PERTENCEM AO SEXO FEMININO (54,5%), AUTODECLARADOS(AS) DE COR PARDA (59,50%), ORIUNDOS INTEGRALMENTE DA REDE PÚBLICA (62,07%), RESIDENTE DE GRUPO FAMILIAR COM FAIXA DE RENDA SALARIAL DE 01 A 02 SALÁRIOS MÍNIMOS (45,75%).AS CONSIDERAÇÕES REVELAM QUE O HIATO DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR FOI SUPERADO NAS ÚLTIMAS DÉCADAS, CONTUDO, AINDA SE FAZ NECESSÁRIO O FOMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA, BEM COMO, A SUPERAÇÃO DA SEXUALIZAÇÃO DAS CARREIRAS QUE INVISIBILIZA A EDUCAÇÃO DIFERENCIADA E AS DESIGUALDADES DE GÊNERO. NO QUE DIZ RESPEITO AO ELEMENTO RAÇA/ETNIA, A AMPLIAÇÃO DE ALUNOS AUTO DECLARADOS PARDOS OU PRETOS É UM DADO SIGNIFICATIVO PARA PENSAR A VALORIZAÇÃO E RESGATE DA IDENTIDADE AMAZÔNICA, TENDO EM VISTA A FORMAÇÃO REGIONAL DESSE GRUPO FORMADO PREDOMINANTEMENTE POR NEGROS E ÍNDIOS, POVOS COLONIZADOS E SUBALTERNIZADOS PELO NEFASTO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO EUROPEIA. E, PARA FINALIZAR, A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO DE JOVENS ORIUNDOS DE CAMADAS POPULARES NA UNIVERSIDADE NÃO PODE SER PENSADA SOMENTE COMO UMA POLÍTICA COMPENSATÓRIA PARA DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS, MAS SIM UMA POLÍTICA DE INVESTIMENTO NO CAPITAL HUMANO, UM CAMINHO POSSÍVEL PARA SUPERAÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS BRASILEIRAS, BEM COMO, PRINCIPAL INSTRUMENTO DE ACESSO À CIDADANIA.