HÁ ALGUNS ANOS AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR BRASILEIRAS TÊM RECEBIDO UM PÚBLICO MUITO DIFERENTE DAQUELE QUE COSTUMAVAM RECEBER. OS ALUNOS PERTENCENTES À CLASSE TRABALHADORA ESTÃO ASSUMINDO SEUS LUGARES NAS FACULDADES E UNIVERSIDADES, INICIANDO, COM ISSO, UM PROCESSO DE ROMPIMENTO DE UMA TRADIÇÃO ELITISTA. TENDO EM VISTA A NOVA CONFIGURAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL E A IMPORTÂNCIA DA ADAPTAÇÃO DO PLANEJAMENTO DIDÁTICO ÀS CARACTERÍSTICAS E NECESSIDADES DE SEU NOVO PÚBLICO, CONSIDERAMOS RELEVANTE COMPREENDERMOS ATÉ QUE PONTO O PROFESSOR, AO PLANEJAR SUAS AULAS, TEM SIDO INCLUSIVO E TEM LEVADO EM CONSIDERAÇÃO O CONTEXTO NO QUAL ESTÃO INSERIDOS OS SEUS ALUNOS. DESSE MODO, ESTE TRABALHO SE PROPÕE A VERIFICAR A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE PEDAGOGIA NOTURNO DA UFC QUANTO AO PLANEJAMENTO DE SEUS PROFESSORES NO QUE TANGE À ADEQUAÇÃO DESTE À SUA REALIDADE DE TRABALHADORES-ESTUDANTES. PARA ISSO, UTILIZAMOS UM REFERENCIAL TEÓRICO QUE PERPASSA A LEGISLAÇÃO QUE REGE OS DIREITOS DO TRABALHADOR-ESTUDANTE (LEI Nº 7/2009), A DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL NA PERSPECTIVA DE COMIN; BARBOSA (2011), CARVALHAL (2009) E ALMEIDA (1998) E SOBRE O PLANEJAMENTO DOCENTE COM LIBÂNEO (2001;2003). NESTE TRABALHO, UTILIZAMOS A ABORDAGEM QUALITATIVA DE PESQUISA E A APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS E ENTREVISTAS COMO TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE DADOS. APÓS A ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS, FOI POSSÍVEL CONCLUIR QUE, NA VISÃO DOS ESTUDANTES AQUI PESQUISADOS, O PLANEJAMENTO DOCENTE NÃO É INCLUSIVO NO QUE SE REFERE ÀS ESPECIFICIDADES DO TRABALHADOR-ESTUDANTE. OS DESDOBRAMENTOS ACERCA DESSE PROCESSO DE EXCLUSÃO SERÃO ABORDADOS A SEGUIR.