Atualmente o esporte paralÍmpico vem ganhando certo destaque no cenÁrio esportivo nacional. Os
resultados positivos nas Últimas ediÇÕes dos Jogos ParalÍmpicos e a consequente ampliaÇÃo de
exposiÇÃo nas mÍdias contribuÍram para esse desenvolvimento. No meio acadÊmico, alguns estudos
discutem o benefÍcio do esporte adaptado para as pessoas com deficiÊncia (PCD), demonstrando sua
relevÂncia para a socializaÇÃo e melhoria da qualidade de vida. Entretanto, ainda sÃo incipientes os
estudos relacionados ao sistema paradesportivo nacional. Pouco se conhece sobre os desafios
vivenciados por entidades e organizaÇÕes esportivas para fazer com que o esporte paralÍmpico
aconteÇa de fato, na “ponta” desse processo. Diante desse cenÁrio e por meio de uma pesquisa
qualitativa, analisamos os obstÁculos e facilitadores vivenciados por uma entidade esportiva no
municÍpio de Suzano/SP, segundo a Ótica de sua gestora, para desenvolvimento de projetos
esportivos para as PCD. A escolha da gestora se deve ao fato da mesma ser responsÁvel por tomar
decisÕes, bem como planejar, organizar e controlar as atividades realizadas. Para anÁlise dos
resultados, dividimos e classificamos as informaÇÕes coletadas em duas categorias: facilitadores e
obstÁculos. Segundo a entrevistada, a realizaÇÃo dos Jogos ParalÍmpicos (JP) no Rio 2016,
favoreceu o desenvolvimento de projetos esportivos na Área. A exposiÇÃo na mÍdia fez com que a
sociedade pudesse ver as capacidades dos atletas e PCD, estimulando novos participantes a
procurarem a prÁtica esportiva. Na sua percepÇÃo, os JP tambÉm contribuÍram para o aumento de
investimentos na Área e para ampliar a possibilidade de patrocÍnios e parcerias. O projeto em que
atua conta com a parceria de uma empresa privada, que oferece emprego e condiÇÕes de
treinamento aos atletas. Como obstÁculos, a gestora identificou a rotatividade dos profissionais que
atuam na Área, pela falta de interesse para com o esporte paralÍmpico. A falta de incentivo do poder
pÚblico tambÉm se torna um desafio. SÃo poucos os investimentos ou incentivo obtidos da
prefeitura e de ÓrgÃos pÚblicos. E a falta de recursos como alimentaÇÃo e transporte dificultam o
acesso de PCD para a prÁtica do esporte. Outro ponto destacado foi a falta de acessibilidade para
algumas instalaÇÕes esportivas existentes no municÍpio, o que limita a realizaÇÃo de algumas
modalidades. Apesar dos resultados demonstrarem a opiniÃo da gestora de apenas uma entidade
esportiva, entendemos que tal situaÇÃo possa ser vivenciada por outras entidades existentes em
nosso paÍs. Muitas entidades necessitam de parcerias e contam com doaÇÕes e boa vontade de seus
dirigentes e participantes para continuarem existindo. Dessa forma, esperamos ampliar a discussÃo
sobre o cenÁrio dessas entidades e contribuir com subsÍdios que possam alertar a iniciativa pÚblica
ou privada para a necessidade de maiores investimentos junto ao esporte para as PCD.