DURANTE O CONTROLE DA FREADA AS INFORMAÇÕES VISUAIS CONTIDAS NO FLUXO ÓPTICO SÃO UTILIZADAS PARA REGULAR A DESACELERAÇÃO. POUCOS ESTUDOS TÊM INVESTIGADO O COMPORTAMENTO DO OLHAR DE CICLISTAS DURANTE O CONTROLE DA FREADA. O OBJETIVO DO ESTUDO FOI DESCREVER O PADRÃO OCULAR DE CICLISTAS DURANTE O CONTROLE DA FREADA EM DIFERENTES VELOCIDADES DE APROXIMAÇÃO RETILÍNEA A UM OBSTÁCULO ESTACIONÁRIO. TRÊS CICLISTAS, COM ACUIDADE VISUAL NORMAL OU CORRIGIDA PARA NORMAL, COM EXPERIÊNCIA EM CICLISMO RECREATIVO (23,5 ± 0,5 ANOS; 106,0 ± 24,0 KG; 186,5 ± 1,5 CM) PARTICIPARAM DESTE ESTUDO. OS MOVIMENTOS DOS OLHOS FORAM GRAVADOS PELO SISTEMA DE RASTREAMENTO OCULAR MÓVEL MOBILEYE-5 (ASL), FREQUÊNCIA DE AQUISIÇÃO DE 60 HZ. FOI UTILIZADO UMA BICICLETA RECREATIVA (CALOI, 21 MARCHAS, V-BRAKE) E SEU MOVIMENTO FOI GRAVADO POR UMA CÂMERA DE VÍDEO (SONY, HDR-PJ230), FREQUÊNCIA DE AQUISIÇÃO DE 30 HZ. A COLETA DE DADOS FOI REALIZADA EM GINÁSIO POLIESPORTIVO, EM AMBIENTE SILENCIOSO E SEM DISTRATORES ATENCIONAIS. PARA MANIPULAR A VELOCIDADE DA BICICLETA, AS DISTÂNCIAS DE APROXIMAÇÃO FORAM DE 13,0 E 4,6 METROS ANTES DE UMA LOCALIZAÇÃO PRÉ-DEFINIDA, DISTANTE 14 M DO OBSTÁCULO. O OBSTÁCULO CONSISTIU EM UM BLOCO DE ESPUMA (ALTURA: 75 CM, COMPRIMENTO: 15 CM, LARGURA: 5,5 CM). OS PARTICIPANTES FORAM CONVIDADOS A PEDALAR EM VELOCIDADE MÁXIMA ATÉ ATINGIR A LOCALIZAÇÃO PRÉ-DEFINIDA, QUANDO PODERIAM COMEÇAR A FREAR PARA PARAR SEM COLIDIR COM O OBSTÁCULO. CADA CONDIÇÃO FOI REALIZADA 3 VEZES, TOTALIZANDO 6 TENTATIVAS. OS DADOS DO OLHAR FORAM ANALISADOS USANDO O SOFTWARE ASL RESULTS PLUS (4.18.7) NAS SEGUINTES ÁREAS DE INTERESSE (AOIS): CICLOVIA, OBSTÁCULO E OUTROS (QUALQUER OUTRA ÁREA DA CENA VISUAL). O NÚMERO TOTAL (FIXNUM) E A DURAÇÃO MÉDIA (FIXDUR) DAS FIXAÇÕES EM CADA AOI FORAM CALCULADOS. OS CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DO OLHAR FORAM DE DURAÇÃO MÍNIMA DE 100 MS E 1° DE ÂNGULO VISUAL. ATRAVÉS DA ANÁLISE QUADRO-A-QUADRO NO SOFTWARE KINOVEA, FORAM CALCULADOS O DESLOCAMENTO TOTAL (DESLOCA), A VELOCIDADE MÉDIA (VEL) E A DESACELERAÇÃO MÉDIA (DESA) DA BICICLETA. OS PARTICIPANTES APRESENTARAM OS SEGUINTES VALORES DE DESLOCA, VEL E DESA DURANTE A CONDIÇÃO DE VELOCIDADE BAIXA (17,5 ± 0,1 M; 4,0 ± 0,2 M/S; 0,8 ± 0,1 M/S2) E VELOCIDADE ALTA (26,3 ± 0,3 M; 5,5 ± 0,4 M/S; 1,0 ± 0.2 M/S2). DURANTE A CONDIÇÃO DE VELOCIDADE BAIXA, OS PARTICIPANTES REALIZARAM FIXAÇÕES DO OLHAR EM TODAS AS AOIS (CICLOVIA - FIXNUM: 0,3 ± 0,4 UNID., FIXDUR: 100,0 ± 47,1 MS; OBSTÁCULO – FIXNUM: 0,6 ± 0,4 UNID., FIXDUR: 100,1 ± 66,6 MS; OUTROS – FIXNUM: 0,1 ± 0,09 UNID., FIXDUR: 76,6 ± 108,4 MS). NA VELOCIDADE ALTA, SOMENTE AS AOIS CICLOVIA E OBSTÁCULO FORAM FIXADAS (FIXNUM: 1,0 ± 0,8 UNID., FIXDUR: 125,0 ± 90,9 MS; FIXNUM: 3,5 ± 2,4 UNID., FIXDUR: 165,5 ± 29,1 MS). OS DADOS PRELIMINARES DO PRESENTE ESTUDO PILOTO POSSIBILITARAM DESCREVER O PADRÃO DE FIXAÇÕES DO OLHAR DE CICLISTAS DURANTE A FREADA. PARECE HAVER INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE APROXIMAÇÃO SOBRE O CONTROLE DO OLHAR DE CICLISTAS DURANTE A FREADA. APOIO CAPES.