Partidas de futebol causam grandes desgastes fisiolÓgicos por conta de seus estÍmulos aerÓbicos e anaerÓbicos. Desta forma, É indispensÁvel uma recuperaÇÃo adequada. Objetivo do estudo foi identificar o efeito da crioterapia por imersÃo na remoÇÃo do lactato, creatina quinase (CK), lactato desidrogenase (LDL) de jogadores amadores de futebol e identificar se a percepÇÃo subjetiva de esforÇo É um bom marcador de intensidade. Participaram 16 jogadores com idade entre 20 a 36 anos, onde todos realizaram as coletas de lactato e somente 1 jogador nÃo participou das coletas de CK e LDH. Sobre o lactato os voluntÁrios foram divididos em oito atletas encaminhados para o grupo 1 (com crioterapia) e oito para o grupo controle (sem crioterapia). JÁ sobre as coletas do CK e LDH o grupo 1 foi composto por sete atletas e o grupo controle por oito. Foi calculado o Índice de massa corporal (IMC= kg/m2) e os jogadores do grupo 1 foram submetidos a 10 minutos de crioterapia com Água em temperatura de 5º± 1º C atÉ a espinha ilÍaca. Para anÁlise da concentraÇÃo de lactato foram coletadas amostras de sangue (25l) do lÓbulo da orelha em capilar, realizado no final do primeiro e segundo tempo, cinco e 15 minutos apÓs o final da partida. Foi coletado (10 ml) da veia antecubital direita para anÁlises de CK e LDH nos perÍodos de 24, 48 e 72 horas apÓs o tÉrmino da partida. Para analisar a percepÇÃo subjetiva de esforÇo (PSE) foi aplicada a escala de Borg (PSE 6-20) ao tÉrmino de ambas as etapas, e a escala adaptada por Foster (PSE 0-10) apÓs 30 minutos do encerramento do jogo. Foi utilizada anÁlise estatÍstica descritiva paramÉtrica e o teste Shapiro Wilk para normalidade dos dados. A amostra foi descrita em mÉdia e desvio padrÃo, utilizando o teste ANOVA para medidas repetidas para detectar alteraÇÕes nas coletas. A diferenÇa de intensidade do primeiro e segundo tempo foi observado por teste T pareado, adotado significÂncia de 5%. Os resultados encontraram correlaÇÃo entre idade e peso corporal (0,6 p= 0,04), e peso corporal e a mÉdia da PSE 6-20 (0,568 p= 0,049). Outra correlaÇÃo foi a mÉdia da PSE6-20 com a PSE 0-10 (0,78 e p= 0,01). NÃo houve diferenÇa estatÍstica entre a PSE 6-20 do primeiro e o segundo tempo (p= 0,97) e concentraÇÃo de lactato (p=0,321) respectivamente. Em relaÇÃo a variÁvel concentraÇÃo de lactato houve diferenÇa (p= 0,004), mas no fator crioterapia nÃo houve (p= 0,143). Assim como nÃo houve interaÇÃo entre eles (p=0,877). Em relaÇÃo a CK houve diferenÇa (p= 0,001), mas no fator crioterapia nÃo houve (p= 0,74), assim como nÃo houve interaÇÃo entre eles (p= 0,94). JÁ no LDH nÃo houve diferenÇa (p= 0,29), como no fator crioterapia (0,71), e na interaÇÃo entre ambos (0,78). Conclui-se que a crioterapia nos padrÕes utilizados nÃo traz efeitos moduladores aos parÂmetros bioquÍmicos analisados apÓs partida de futebol amador, e que tanto a PSE 6-20 quanto a PSE 0-10 podem ser utilizados como ferramenta para identificar a intensidade do exercÍcio.