A qualidade do sono representa um dos elementos comportamentais que pode favorecer diferentes potenciais de saÚde, tais como favorecer a manutenÇÃo de um estilo de vida saudÁvel e aumentar a longevidade. O objetivo deste estudo foi estimar a associaÇÃo entre a autoavaliaÇÃo de dormir bem em relaÇÃo a percepÇÃo positiva de saÚde em universitÁrios. Este estudo foi de delineamento transversal, realizado no ano de 2014 com amostra representativa de 1.041 estudantes universitÁrios, selecionados por seleÇÃo aleatÓria simples, conforme a proporcionalidade dos estudantes entre os 33 cursos, perÍodo de estudo e ano de ingresso em uma instituiÇÃo pÚblica do estado da Bahia, participantes do estudo MONISA (Monitoramento dos Indicadores de SaÚde e Qualidade de Vida em AcadÊmicos). O desfecho investigado neste estudo foi a autoavaliaÇÃo positiva de saÚde, ou seja, referir perceber a saÚde muito bom e boa. A variÁvel independente foi a autoavaliaÇÃo de dormir bem, tendo as seguintes opÇÕes de resposta: nunca, raramente, Às vezes, quase sempre e sempre. A medida de associaÇÃo deste estudo foram as RazÕes de PrevalÊncias (RP), nas anÁlises brutas e ajustada, estimadas por meio da regressÃo de Poisson. O ajuste foi realizado para sexo e idade. O nÍvel de significÂncia adotado foi de 5%. A prevalÊncia de estudantes que autoavaliaram a saÚde como positiva foi de 60,9%. Os universitÁrios que relataram nunca dormirem bem referiram menores prevalÊncias de percepÇÃo positiva de saÚde (33,3%). Na anÁlise bruta, os estudantes que dormiam sempre bem (RP=2,47; IC95%=1,20 – 5,09) apresentaram maiores prevalÊncias de autoavaliaÇÃo positiva de saÚde. ApÓs o ajuste manteve-se a associaÇÃo os estudantes que relataram dormir sempre bem sempre, com razÕes de prevalÊncias duas vezes maiores (RP=2,51; IC95%=1,22 – 5,16) de avaliaÇÃo da saÚde como positiva. Conclui-se que perceber dormir sempre bem associou-se com o julgamento de saÚde em nÍvel positivo em universitÁrios.