Apesar dos benefÍcios que atividade fÍsica (AF) traz para as gestantes, a reduÇÃo de AF É muito observada nas mulheres. Este fato ocorre tanto pelas crenÇas populares na contradiÇÃo de sua prÁtica como nas interferÊncias dos fatores como idade, etnia, escolaridade e nÍvel socioeconÔmico. O objetivo geral desse estudo foi verificar o padrÃo de AF nas gestantes usuÁrias do Sistema Único de SaÚde (SUS) em RibeirÃo Preto. Participaram 799 gestantes com idade mÉdia 27,65 (±5,4), escolaridade de 8,7 (3,2) anos de estudos, a maioria eram primigestas (65%), casadas (78%), nÃo trabalhavam fora de casa (53%), pertenciam a classe social C (67%). As gestantes responderam um questionÁrio estruturado sobre as condiÇÕes sociodemogrÁficas, estado nutricional e estilo de vida e uma parte contendo um questionÁrio validado para AF. Do questionÁrio foi obtida a frequÊncia (semanal) e a duraÇÃo (minutos) das AFs, posteriormente, utilizando o CompÊndio de Atividade FÍsica, verificou-se o MET (equivalente metabÓlico) referente a cada AF realizada pelas gestantes. Para o cÁlculo do padrÃo de AF das gestantes utilizou-se a equaÇÃo previamente proposta por Tavares et al (2006) que gera um MET denominado "METgest", para cada gestante o valor do METgest dado por: ∑ TTSPk/ ∑TTS; onde: TTSPk É obtido pelo Tempo Total Semanal (TTS= F X T)) multiplicado pelo Índice do MET da k-Ésima atividade. Baseado neste mÉtodo as gestantes foram classificadas nos seguintes padrÕes: sedentÁrio (57%) seguido pelo padrão leve (43%) entre as gestantes estudadas, assim como um maior gasto energético nos domínios doméstico e por último de lazer, sugerindo a necessidade de ações de promoção de atividade física neste público. Também, neste estudo verificou-se que as variáveis idade, ter o marido como chefe da família, ser casada e não ter filho teve associação negativa com o padrão sedentário. Assim, apurou-se que, com o avanço da idade, as mulheres tornaram-se mais ativas que as gestantes com idade inferior. As variáveis escolaridade e trabalhar fora de casa foram associadas positivamente com o padrão sedentário, ou seja, mulheres com escolaridade baixa ou que não trabalham fora tem maior risco de serem sedentárias, com exceção das domésticas (ocupação).