Este trabalho tem por objetivo, abordar uma experiência de duas alunas do curso de licenciatura em matemática do Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Cachoeiro de Itapemirim, que são bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - Pibid, onde desenvolvem aulas de reforço com alunos do Ensino Médio. Segundo Andretti, Langwinski (2016, p.11), "O Pibid contribui para a melhoria do ensino da Matemática, revendo suas práticas de ensino e aprendizagem, aproximando a Universidade da escola pública". Os autores ressaltam ainda que "O programa deveria fazer-se contínuo e abranger um maior número de entidades educacionais, logo atenderia um contingente maior de alunos, acadêmicos e professores". As alunas são bolsistas em uma escola de Ensino Médio da rede estadual do Espírito Santo, localizada em Cachoeiro de Itapemirim. As oito horas semanais dedicadas ao Pibid estão distribuídas no turno vespertino da seguinte maneira: cinco horas acompanham a professora supervisora, em turmas de primeira e segunda série, auxiliando os alunos, observando o professor e o ambiente escolar; uma hora dedicada ao planejamento das atividades que serão desenvolvidas durante o reforço, e as duas horas restantes atuam nas aulas de reforço com turmas de primeira série. Para a escrita deste resumo, foi feito um estudo sobre artigos que abordam a experiência em sala de aula e sobre a importância do Pibid na formação inicial do professor. Estar presente na sala de aula durante a graduação é relevante, pois essa experiência agrega muito valor na formação do licenciando, de forma que ele aplica o que se discute nas disciplinas cursadas na graduação em sala de aula. Machado, Quinhones e Machado (2013, p.2), fundamentados em Freire, destacam a importância de articular teoria e prática sem separar uma da outra. As autoras afirmam ainda que para ele "elas devem andar juntas, pois a relação das duas formam o educador, dando a ele suporte necessário à prática docente". Para as aulas de reforço, os alunos retornam à escola no contra turno de forma que estas aulas podem atender a todos da primeira série do Ensino Médio, sendo eles alunos da professora supervisora ou não. Entendemos que estar em contato com atividades desta natureza, pode proporcionar momentos significativos para o ponto de partida da nossa prática docente, pois entramos na sala de aula com muitas dúvida e incertezas. Machado, Quinhones e Machado (2013) também afirmam que "ao vivenciar essa experiência com os alunos acreditamos que nos foi muito desafiador, mas ao mesmo tempo importante para a nossa formação inicial" (2013, p.3), assim podemos refletir sobre os desafios de atuar em uma sala de aula. Segundo Oliveira e Cruz (2016) "a matemática é uma disciplina que possui um alto índice de reprovação e que muitos alunos afirmam não gostar da matéria". E ainda de acordo com Alves (2018, p.30), "esses alunos se sentem inferiores por não acompanhar o ritmo da turma". A autora ressalta que "é com esse propósito que o reforço escolar vem romper as barreiras da desigualdade de raciocínio, auxiliando o professor a fazer com que os educandos adquiram as competências almejadas. A falta de assimilação do que o professor fala e explica por parte dos alunos, tem gerado um debate de alta relevância, já que a aprendizagem é o ponto chave para o desempenho de tudo" (2018, p.30). A oportunidade e a necessidade de aprender um conteúdo, sanando dúvidas, motivam os alunos a participarem das aulas de reforço. Essas, como aulas extras, têm o papel de investir no potencial desses alunos, conhecendo as dificuldades e as barreiras que impedem seu aprendizado nas aulas do turno em que estudam. É importante ressaltar que durante as aulas de reforço, as bolsistas apresentam aos alunos a matemática que valoriza erros no momento da aprendizagem, pois através das tentativas o aluno passará a estar mais confiante em seus cálculos, deixando o medo de interagir e participar das aulas. No entanto, durante as aulas de reforço, é possível analisar o hábito frequente dos alunos em recorrer à calculadora para efetuar operações básicas da matemática e a dificuldade na interpretação dos exercícios. Para Vieira, Dutra e Silva (2009, p.3) "se o objetivo das aulas é que o aluno aprenda as operações básicas então se não se deve fazer o uso de instrumentos para a calculadora", eles afirmam ainda que isto serve "para que este saiba através de algoritmos resolverem situações-problemas". Como bolsista do Pibid, o aluno de licenciatura que ainda está em formação, tem o papel de monitorar os alunos, ajudando em suas dificuldades. Porém, nas aulas de reforço é possível analisar que essas dificuldades vão além da matéria estudada no momento, então o graduando passa do papel de monitor para professor, quando começa a relembrar os alunos conteúdos que eles estudaram, ou ensinar aquilo que eles não sabem, mas que é pré-requisito para o conteúdo atual. No entanto, o ato de ensinar ainda estando em formação, torna-se um desafio para o graduando. Palavra-chave: Reforço escolar, desafio, ensino - aprendizagem. Referências ALVES, Daiane de Lourdes. A importância do reforço escolar. Revista farol. Rolim de Moura - RO, v. 6, n. 6, p. 29-37, jan.2018. Disponível em: . Acesso em: 10 de out de 2018. ANDRETTI, Evandro Carlos; LANGWINSKI, LuaniGriggio. Contribuições do PIBID: um relato de experiência. Acessado em 02 de out de 2018. Disponível em MACHADO, Joceane da Silva; QUINHONES, Elisa Gonçalves e MACHADO, MiriãRoncatto. A experiência da iniciação do trabalho docente. Acessado em 30 de set de 2018. Disponível em OLIVEIRA, Jéssica Carvalho; CRUZ; Maria Aparecida Silva. Reforço escolar: Um aliado para o ensino. Acessado em 09 de out de 2018. Disponível em VIEIRA, Corina de Fátima Moreira; DUTRA, Roberto Alves; SILVA, Romaro Antônio. O uso da calculadora em sala de aulas nas controvérsias entre professores. Acessado em 10 de out de 2018. Disponível em