Ao participar do projeto Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), como futuros educadores, percebemos a necessidade do conhecimento sobre o processo de ensino-aprendizagem da matemática, voltado à inclusão de alunos com deficiência em salas de aula comuns. Neste novo contexto torna-se imprescindível a busca de novos conhecimentos e estratégias que contribuam para o desenvolvimento do aluno com deficiência seja ela visual, física, intelectual etc. Nesse sentido, acreditamos que os objetivos com relação à aprendizagem são iguais, o que difere são as metodologias a serem utilizadas visando a alcançar os objetivos propostos. Os jogos, nas aulas de matemática, podem fazer a diferença no processo de inclusão, uma vez que vêm se tornando um grande aliado do professor sendo considerados como uma forma de ampliar habilidades como a capacidade de concentração, a observação, a reflexão, a formação de hipóteses, o desenvolvimento do raciocínio lógico e o favorecimento da socialização dos alunos, tornando-os parte do próprio contexto, levando o estudante a uma nova superação a cada jogo. O presente trabalho, portanto, tem como objetivo, problematizar a questão da inclusão, falando sobre a importância das atividades lúdicas, especialmente sobre os jogos didáticos, como ferramentas auxiliares no processo de ensino-aprendizagem dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais - NEE. A pesquisa realizada tornou possível o confronto entre os estudos teóricos e a realidade vivenciada na sala de aula, durante o tempo em que lá permanecemos junto aos alunos e professores. Dessa forma, foi possível perceber a importância que professores, demais alunos e famílias têm nesse processo de inclusão, através da sua adaptação a essa nova situação e da contribuição coletiva para o desenvolvimento intelectual, social e afetivo dos alunos incluídos. É certo que o processo de ensino-aprendizagem do aluno com deficiência exige mais dedicação do professor, visto que se torna necessário o uso de recursos pedagógicos diferenciados que, por sua vez, demandam ainda mais pesquisas, adaptações e vontade. Assim, concluímos que o professor precisa estar atento às necessidades dos alunos incluídos para adotar as metodologias de ensino que melhor contribuam para o processo de ensino-aprendizagem desses estudantes. Palavras-chave: inclusão, ensino da matemática, jogos didáticos. Referências ALVES, L. Relações entre os jogos digitais e aprendizagem: delineando percurso. In: Educação, Formação & Tecnologias, vol. 1 (2), Novembro, 2008 BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, MEC/SEESP, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. BRASIL. Decreto Nº 3.956, de 8 de outubro de 2001. Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Guatemala: 2001. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Parte I - Bases Legais; Parte II - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Parte III - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; Parte IV - Ciências Humanas e suas Tecnologias. Brasília: MEC, 1998. BRASIL, Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, n. 9.394, 20 de dezembro de 1996. BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Lei 8.069 de 13 de julho de 1990. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988. FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 8. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001 GRANDO, R. C. O conhecimento matemático e o uso de jogo na sala de aula. 2000. 239 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000. Disponível em: www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/list.php?tid=7. Acesso em: 15 abril de 2017. JESUS, C. R. et al. Tecnologia Como Ferramenta Auxiliar na Inclusão Escolar. In: SINERGIA Revista Científica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, v.19, n.1, p. 115-119, jan./mar. 2018. Disponível em: http://ojs.ifsp.edu.br/index.php/sinergia/issue/viewIssue/69/109. Acesso em 14 de março de 2018. KRIK, L.; ZYCH, A. C. Alfabetização do Educando Cego: um estudo de caso. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - EDUCERE, 9. ENCONTRO SUL BRASILEIRO DE PSICOPEDAGOGIA, 3. 2009. Anais. Curitiba: PUCPR, 2009. p. 3544-3556. Disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/3258_1559.pdf><. Acesso em: 12 de março de 2018. SÁ, E. D.; CAMPOS; I. M; SILVA, M. B. C. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência visual. Brasília SEESP/ SEED/MEC,2017. SILVA, B. F; MORAES, M. C. S.; PERANZONI, V. C. Jogos matemáticos: uma proposta facilitadora do processo de ensino-aprendizagem de deficientes visuais. Revista eletrônica Unicruz. Rio Grande do Sul, 2008. SOUZA, R. de; LIMA, L. A. F. de; CAMARGO, J. A. Jogos no ensino da matemática. XI Encontro Nacional de Educação Matemática (XI ENEM). Anais. Curitiba: SBEM, julho de 2013. Disponível em: http://sbem.web1471.kinghost.net/anais/XIENEM/pdf/3125_1067_ID.pdf. Acesso em 11 de março de 2018.