A educação formal acontece geralmente em salas de aula, é o método comumente usado, podendo ser considerado até mesmo tradicional, onde se tem um professor que aparece como figura central de disseminação do conhecimento, no qual o próprio usa-se de livros, material lúdico, lousas/quadros brancos e entre outros para transmitir o conteúdo para os alunos, estes que por sua vez tem a função de ouvintes passivos em sala. O professor se torna somente o sujeito de ensino e o aluno sujeito de aprendizagem (OLIVEIRA, 2009). A falta de estudos em relação ao programa institucional de bolsa de iniciação à docência (PIBID) com atividades não formais, proporciona um novo campo de estudo para tal trabalho. E o destaque nesse campo tem grande importância, pois a educação não formal tem demonstrado ser de grande importância ao passar do tempo e no avanço da sociedade. Segundo Gohn (2006), a educação não-formal pode ser considerada como um dos núcleos básicos de uma pedagogia social, pois não trata somente de assuntos acadêmicos em restrito, ela leva mais além, relacionando os assuntos acadêmicos com os políticos sociais, afim de que os alunos possam fazer uma leitura do espaço ao seu redor de forma crítica. O uso de espaços não formais na educação proporciona uma maior troca conhecimentos, possibilitando a discussão sobre vários temas, passados e atuais, para que se possa ter uma visão mais abrangente do futuro, possibilitando elaboração de novas ideias ou o melhoramento de ideias existentes (GOHN, 2011). O estudo em questão visa trazer novas perspectivas de como explorar o uso de espaços não formais, além de buscar refletir acerca da importância de trabalhar este modelo na educação formal, unindo esses dois métodos, pois não se deve presumir que a educação não formal vai substituir a educação formal. Esse trabalho tem como objetivo, propor novos métodos, ações e práticas que podem ser desenvolvidos em espaços não formais, que contribuam para desconstrução do sistema tradicional de educação, que muitas vezes limita o aluno a desenvolver conhecimento prático e pensamento crítico, pois em aulas de Ciências, as aulas não formais enriquecem o aprendizado e estimula posição analítica e crítica em torno da sociedade em que o aluno está inserido (VIEIRA, 2014). Esse tipo de educação tira o aluno desse modelo tradicional mas ainda mantendo uma forma organizada de ensino. Podendo ser feita em um parque botânico, zoológico, indústrias, museus, bibliotecas, entre outros. Isso abre um leque de possibilidades de ensino, desde o acadêmico ao social, levando a vários ensinamentos que não seriam de fácil acesso em sala de aula ou laboratório. Geralmente usa-se espaços pertencentes ao contexto diário vivido pelos alunos, possibilitando o desenvolvimento cognitivo e as potencialidades através de uma leitura de mundo que passa ao seu redor (LIBÂNEO, 2012). O subprojeto interdisciplinar PIBID Biologia e Química da UNILAB será desenvolvido com escolas das cidades de Redenção e Acarape, região onde está inserida a universidade. O subprojeto está com propostas de levar as escolas parceiras novas formas de explorar os conteúdos ministrados na sala de aula nas disciplinas em questão através de atividades a serem desenvolvidas em ambientes fora da sala de aula. Os estudantes participarão de atividades com visitas a diversos ambientes da região e capital do estado, buscando estimular estes a desenvolverem um conhecimento prático e vivenciar experiências que trabalhem a contextualização e a interdisciplinaridade, possibilitando mais envolvimento do estudante no processo de aprendizagem. Essa combinação de metodologias faz com que o futuro docente desenvolva habilidades e competências para lidar com as dificuldades da profissão e propor formas que estimulem e melhorem o processo de ensino-aprendizagem. Esperamos através desse trabalho a comprovação da eficácia da educação não formal e da interação da universidade com as escolas parceiras por meio do PIBID.